sábado, 7 de setembro de 2013
Tour pelo centro de Varsóvia passa por locais frequentados pela cientista Marie Curie
Ela era pobre e resolveu ser cientista em uma época em que a ciência era restrita a homens. Foi a primeira mulher a ganhar um Nobel. Mais ainda: ela ganhou dois Nobel em áreas distintas (química e física), feito único até hoje.Por essas e por outras, a química Marie Sklodowska-Curie é um dos principais nomes da história da Polônia.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
O Mundo Precisa de Ciência - A Ciência Precisa de Mulheres
Prêmio para Mulheres na Ciência 2013 anuncia vencedoras
15/08/2013
O júri do Prêmio Para Mulheres na Ciência ABC-L' Oréal-Unesco 2013 tem o prazer de apresentar as cientistas premiadas com a bolsa-auxílio de U$ 20 mil neste ano. São elas:
FONTE:Academia Brasileira de Ciencias
Ciências Biológicas, Biomédicas e da Saúde
Adriane Ribeiro Rosa (Unilasalle e UFRGS, RS)
Clarissa Martinelli Comim (Unisul, SC)
Fernanda Regina Casagrande Giachini Vitorino (UFMT e USP)
Tais Gratieri (UnB - DF)
Clarissa Martinelli Comim (Unisul, SC)
Fernanda Regina Casagrande Giachini Vitorino (UFMT e USP)
Tais Gratieri (UnB - DF)
Ciências Físicas
A cerimônia de premiação será realizada no dia 23 de outubro, no Rio de Janeiro, em local a ser confirmado.
Todas as matérias deste site podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte
Universo Marvel 616: Em Foco: Quem são as mulheres da ciência nas HQs?
Universo Marvel 616: Em Foco: Quem são as mulheres da ciência nas HQs?: Em meio à outra pesquisa para um artigo opinativo, me deparei com uma curiosidade: existem personagens femininos geniais, aplicados à ciênci...
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Livro Saúde no Brasil em 2030
Livro Saúde no Brasil em 2030 – Diretrizes para Prospecção Estratégica do Sistema de Saúde Brasileiro
Documentário sobre a criação do Dicionário Feminino da Infâmia
Confira o documentário sobre a criação do Dicionário Feminino da Infâmia – Acolhimento e Diagnóstico de Mulheres em Situação de Violência.
O vídeo traz depoimentos de pesquisadores que foram convidados a escrever os verbetes da obra, ligados ao universo da violência contra as mulheres.
Os originais do dicionário foram entregues no dia 29 de julho à Editora Fiocruz.
FONTE: CCS/FIOCRUZ
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Desigualdade de gênero
Mulheres x homens
Embora ao longo das últimas décadas a participação das mulheres no mercado de trabalho tenha deixado, aos poucos, de ser percebida como secundária ou intermitente, esta inserção é ainda marcada por diferenças de gênero e raça, conclui o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na última edição do estudo “Retratos das Desigualdades de Gênero e Raça”, produzido anualmente desde 2004. Isto é, quando se combinam desigualdades, as diferenças ficam ainda mais acentuadas.
“Além de estarem menos presentes do que os homens no mercado de trabalho, as mulheres ocupam espaços diferenciados e estão sobrerrepresentadas nos trabalhos precários”, diz estudo do Ipea. A trajetória feminina rumo ao mercado de trabalho não significou a redivisão das tarefas entre homens e mulheres, mesmo quando se tratam de atividades remuneradas.
Dados sobre a distribuição por setor de atividade apontam uma clara segmentação ocupacional, tanto relacionada ao gênero, quanto à raça. As mulheres – especialmente as negras – estão mais concentradas no setor de serviços sociais (aproximadamente 34% da mão de obra feminina), grupo que abarca serviços de cuidado em sentido amplo (educação, saúde, serviços sociais e domésticos). Já os homens, sobretudo os negros, estão sobrerrepresentados na construção civil. Em 2009, esse setor empregava quase 13% dos homens e menos de 1% das mulheres, indica o estudo do Ipea.
Salários
O mais recente Censo Demográfico (2010) do País mostra que o rendimento médio mensal dos homens com Carteira Profissional assinada foi de R$ 1.392, ao passo que o das mulheres foi cerca de 30%
abaixo disso, atingindo R$ 983. Esse quadro deixou o Brasil atrás de 79 países em um ranking de 146 nações elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), um dos indicadores complementares ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), colocou o País no ano passado na 80ª posição, atrás do Chile, Argentina, Peru, México, Venezuela e até dos árabes, como a Líbia, Líbano e Kuwait. Os melhores índices são da Suécia, dos Países Baixos e da Dinamarca. O cálculo do IDG considera, além do mercado de trabalho, indicadores como a saúde reprodutiva e capacitação.
Mas não é só o ranking do Pnud que mostra as diferenças. De acordo com o Global Gender Gap Index/2011 (Desigualdade Global de Gênero/20011), do World Economic Forum (WEF), o País aparece em 82º lugar numa lista de 135 nações. Na região, o Brasil só não é mais desigual que Bolívia, México, Ilhas Maldivas e Guatemala. O estudo avalia a diferença entre gêneros nas áreas de participação econômica e oportunidades, de educação, capacitação política e de saúde e sobrevivência.
A trajetória do Brasil tem sido de queda. Em 2006, ano da primeira edição do ranking da WEF, quando foram avaliados 115 países, o Brasil havia ficado no 67º lugar. O que mais tem puxado o País para baixo são as diferenças salariais e a distribuição por setor de atividade no mercado de trabalho, de acordo com os relatórios anuais do World Economic Forum.
Poder
De acordo com o último relatório (2009/2010) do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, cujo tema-foco foi “Mulheres, Poder e Decisão”, as mulheres representam mais da metade da população e do eleitorado, tem maior nível de escolaridade, representa quase 50% da população economicamente ativa do País, mas não chegaram a 20% nos cargos de maior nível hierárquico no Parlamento, nos governos municipais e estaduais, nas secretarias do primeiro escalão do Poder Executivo, no Judiciário, nos sindicatos e até nas reitorias.
A proporção de mulheres dirigentes (4,4%) também é inferior à proporção de homens dirigentes (5,9%). Essa diferença de 1,5 pontos percentuais é a mesma desde o ano de 2003, de acordo com o mesmo estudo, elaborado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). “Quando essas proporções são analisadas regionalmente, percebe-se que as maiores disparidades da proporção de homens e mulheres dirigentes encontram-se nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto que nas regiões Norte e Nordeste as proporções são mais próximas”, conclui o relatório.
Em 2010, nas eleições gerais, as mulheres ficaram com 12,9% das cadeiras nas Assembleias Legislativas, com 8,5% das vagas na Câmara dos Deputados e com 9,8% no Senado e 7,4% dos governadores. Mas o fenômeno não é apenas nacional. No mundo, apenas 35 países (19%) contam com mulheres no Parlamento, enquanto que outras 152 nações (81%) não têm sequer uma mulher em seus Parlamentos, de acordo com a União Interparlamentar (IPU).
O estudo da Secretaria de Políticas para as Mulheres avalia ainda que o problema da baixa participação de mulheres em espaços de poder tem relação estreita com o limitado acesso feminino à esfera pública. Mas, acrescenta o documento, essa não é a única explicação. Fatores culturais estão entre as principais causas dessa disparidade: a cultura de divisão sexual do trabalho, o não compartilhamento de tarefas domésticas e familiares e o preconceito de gênero, entre outros fatores.
No setor privado, o quadro não é muito diferente do que no setor público. Pesquisas tendem a confirmar essa proporção de 20% a 30% de mulheres nos postos de chefia. Levantamento feito em 2009 pela Catho Online com um total de 89.075 empresas apontou que as mulheres ocupavam apenas 21,4% dos cargos de chefia. Da mesma forma que em outras esferas – a sindical e os cargos de livre nomeação e exoneração do Poder Executivo, por exemplo, quando se analisam os diferentes cargos compreendidos no conceito de chefia, percebe-se, novamente, que quanto mais alto o cargo, menor o percentual de mulheres.
A History of Women’s Entrance Into Medicine
SITE:
Bibliothèque numérique Medic@
Introduction by Natalie Pigeard-Micault
Paris X, EA
373 History of philosophy, History of sciences.
natalie.pigeard@laposte.net
Translation by Karine Debbasch
karine.debbasch@parisdescartes.fr
Paris X, EA 373 History of philosophy, History of sciences.
natalie.pigeard@laposte.net
karine.debbasch@parisdescartes.fr
Political context
The second decade of the Empire was a turning point for France. [1]In 1867, Victor Duruy, Minister of Public Instruction, created secondary courses for young women. These were such a success that there were soon 250 to 300 young women attending every course given at the Sorbonne. [2] But although these courses were popular in the liberal bourgeoisie [3], they did not compensate for the absence of a secondary education that would provide women with the knowledge necessary to take the baccalaureate diploma and to register at University. In France, as no structure was specifically designed for them, women had to impose themselves among male students. In 1861, Julie Daubié registered for the baccalaureate and took it in Lyon (she was refused permission to do so in Paris). However, she was an exception. In other countries, the situation was different: in Russia, England, the United States, Rumania and still other countries, young women could attend secondary courses either in private schools created especially for them (and often by them, too) or in public schools that were female only. In Russia, although secondary education remained open to women, the Russian government decided in 1862 to close Saint Petersburg’s private higher education schools for women. Young Russian women however, contrary to French young women, had access to the instruction necessary for further education. Thus, the first woman to enter a medical school was Russian.
In 1864, a Russian young woman left her country to study medicine in Zurich. In the fall, she solicited from the Swiss Senate the authorization to attend the classes in natural history, anatomy and histology given at the University of Zurich. She got the approval of the professors and the Senate granted her request; but in the end she did not take her degree. In 1865 Nadejda Souslova was in turn accepted at Zurich. In 1866, she requested the right to defend a doctoral thesis; she thus became the first woman doctor to graduate from a mixed European university. [4]Nadejda Souslova’ success immediately reverberated among Russian, English and American women.
First female admissions in Paris
In 1866, the dean of the Faculty of Medicine, Charles Adolphe Wurtz (1817-1884), met Madeleine Brès (1839-1925), who wanted to undertake medical studies. Wurtz advised her to start with taking the baccalaureate examinations, but he also promised her that he would plead her case to the Ministry of Public Instruction.
As he knew that two years earlier women had been allowed at the medical school in Zurich, Wurtz asked Doctor Alexis Dureau (1831-1904) to go there. Dureau wrote: "Dean Wurtz thus commissioned me to enquire about everything that was related, from both a legal and a practical point of view, to admitting women into foreign universities." [5]
After Dureau’s return, Wurtz submitted to Victor Duruy a report on female education across Europe and was able to win Madeleine Brès’s case. But before Madeleine Brès came back with her baccalaureate degrees, three foreign women had already been admitted to the medical school: Mary Putnam (American, born in London), Catherine Gontcharoff (Russian), and Elizabeth Garrett (English).
The world of medically educated women, although geographically quite large, was numerically restricted enough for a network to develop quickly. In 1867, the Englishwoman Elizabeth Garrett wrote to Mary Putnam, who was trying to gain admission to the Paris faculty of medicine, to enquire about the outcome of her attempt. When she learnt that Mary Putnam had been admitted, Elizabeth Garrett crossed the Channel and registered too. She became the first woman doctor of the Faculty of Medicine of Paris with a thesis on migraines that she defended on June 15, 1870.
When Madeleine Brès applied to register in 1868, after obtaining her baccalaureate degrees, the procedure had already ceased to be exceptional. In 1875, she became the first French female doctor of medicine.
Over the next few years, female students went either to the Faculty of Zurich or to that of Paris. In France, over the first 15 years, the majority of female students were of Anglo-Saxon origin. But as of the mid-1880s most of them came from Slavic countries. French women in the University long remained a minority, especially as they started being admitted to medical preparatory schools in the provinces, not at all attended by foreigners. In Paris, there were less than 10 women in medical school before 1873; less than 40 from 1873 to 1881; a hundred in 1884. In 1887, out of the 114 women undertaking medical studies, no more than 12 of them were French; 70 were Russian, 20 Polish, 8 English, 1 North American, 1 Austrian, 1 Greek, and 1 Turkish. [6]
Mary Putnam
Mary Putnam (1842-1906), who graduated in 1863 from the New York College of Pharmacy and in 1864 from the Woman’s Medical College in Philadelphia, arrived in Paris in 1866. Although she was mainly interested in chemistry, she gladly followed Dr. Hippolyte Herard (1819-1913), who was a friend of her father’s, as he gave clinical lectures at the hospital. During the academic year 1866-1867, Herard gave her access not only to the medical world but also to several clinical lectures, including Benjamin Ball’s. At the beginning of the year 1867-1868 she was granted permission to study in a booth reserved for her in the library of the Faculté de médecine. In November 1867, she requested the permission to enroll officially at the Faculté.[7] The faculty assembly convened on November 27, 1867.[8] Professor Pierre Denonvilliers reminded the assembly of the opposition of the Public Instruction Council, over which he presided at the time: women’s entrance into medicine was viewed as contrary both to morals and to social conditions. Jules Béhier, professor of clinical medicine, declared that "women, being considered as legal minors from the moment they marry, cannot be held personally liable for anything; consequently, adopting Miss Putnam could entail serious complications." [9]
In the report on this session, Dean Wurtz is the only one mentioned as having defended Putnam’s case: he underlined that the law said nothing on the question and that very recently the Minister had allowed a woman, Madeleine Brès, to matriculate in medicine, under the condition that she obtained the two baccalaureates. Despite his important position, Wurtz was unable to obtain Mary Putnam’s acceptance: the professors voted against the young pharmacist’s request. Wurtz informed Duruy, who then presented the request to Princess Eugénie. She convened a council of ministers over which she presided herself. In the meantime, Mary Putnam was able to rally a few students to her cause; in the presence of a chaperone, naturally, they shared with her the classes they were allowed to attend. [10] At the end of the academic year, under the advice of Wurtz, and contrary to what was normally done (matriculation requests had to be validated first by the Faculty, then by the Minister), she directly solicited the Minister, who she knew was supportive of her cause. On July 23, 1871, Mary Putnam became the second woman to receive a medical degree from the Faculté de médecine de Paris, after Elizabeth Garrett (1870). She addressed the first dedication in her thesis to Wurtz, though she did not know his identity at the time: "To the professor whose name I am unaware of, who was the only one to vote in favor of my admission to the École, thereby protesting against the exclusion of women from higher education." [11]
Madeleine Brès
Madeleine Brès (1839-1925), the first French woman allowed to undertake medical studies at the Faculté de médecine, defended her doctorate in 1875 and graduated "summa cum laude". She was dean Wurtz’s first female student: for 7 years, she worked in his chemistry laboratory.
Among others, Brès dedicated her thesis to Broca, who had played an important role for her five years earlier. In 1870, during the siege of Paris and more particularly during the Commune and the Bloody Week, Madeleine Brès had worked as an intern at the Hôpital de la Pitié de Paris, substituting for Paul Broca who had himself suggested her and appointed her as a temporary intern. Broca recalled:
"Mrs. Brès joined my department in 1869 as a probationary student. In September 1870, several interns having been called to military hospitals, temporary interns had to be appointed. Under my recommendation, Mrs. Brès was designated as a temporary intern. In this capacity, during the two sieges of Paris and until the month of July 1871, she performed her duty with an exactitude that was not even hindered by the bombing of the hospital. Her work has always proved very satisfactory and her behavior faultless. Mrs. Brès was conspicuous for her zeal, her dedication and her impeccable attitude. She proved particularly helpful during the last insurrection." [12]After this summary of the events, Broca went on to compliment Mrs. Brès further on her availability and her commitment and also on her qualities as a physician. Jules Gavarret, Constant Sappey, Paul Lorain and Charles Adolphe Wurtz also wrote in praise of her in a joint report:
"We are pleased to declare that Mrs. Brès, through her impeccable behavior, her hard work and her zeal in the hospital, gained the respect of all the students she had to interact with, and justified the opening of our courses to other female students." [13]At the beginning of the 1871 academic year, she requested permission to take the externship and internship examinations. The director of the Assistance publique, despite the petitions and demonstrations in her favor, rejected her request with the following explanation: "Perhaps if it had been for you alone…" [14]
The point was therefore not to create any precedent. After this rebuttal, female students launched several petitions to obtain the same rights to examinations and diplomas as male students. At last, in 1881, the Conseil de surveillance de l'administration de l'Assistance publique finally convened to solve the question of opening externships to women; that of internship was similarly addressed in 1885.
Men and women physicians
Among the professors at the Faculté de médecine, some proved ardent supporters of the right of women to become physicians, such as Wurtz, Sappey, Broca, Landouzy, Verneuil. Others on the contrary long opposed the idea: Béhier, Denonvilliers, Trelat, Moutard-Martin, Hardy [15]. Others still had not so clear-cut an opinion: Vulpian, Gosselin and Charcot, for instance. Charcot is particularly interesting in that his point of view was typical of his time. The report on Caroline Schultze’s thesis defense in 1888, in front of a jury presided by Charcot, shows that a professor could sign a petition in favor of women’s access to internship, and at the same time be persuaded that women should not practice medicine. Reading the report, one understands why Schultze forgot to mention him when dedicating her work. [16] Charcot indeed used the argument of the "nature" of women. |
V Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade
SUBMISSÃO DE TRABALHOS ATÉ 12 DE JULHO DE 2013
O Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e a Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE.BR) convidam pesquisadores(as), estudantes, representantes das comunidades científicas e demais interessados(as) para o V TECSOC-ESOCITE.BR que realizar-se-á na cidade de Curitiba, Paraná, de 16 a 18 de outubro de 2013.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
ÁGUAS DE MARÇO
Nada
melhor que as refrescantes águas de março, que esfriam nossa cabeça para
enfrentar mais um ano de luta no doutorado...
(Composta por Tom Jobim em março de 1972)
É pau, é pedra, é o
fim do caminho
É um resto de toco, é
um pouco sozinho
É um caco de vidro, é
a vida, é o sol
É a noite, é a morte,
é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o
nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita
Pereira
É madeira de vento,
tombo da ribanceira
É o mistério profundo,
é o queira ou não queira
É o vento ventando, é
o fim da ladeira
É a viga, é o vão,
festa da cumueira
É a chuva chovendo, é
conversa ribeira
Das águas de março, é
o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a
marcha estradeira
Passarinho na mão,
pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é
uma ave no chão
É um regato, é uma
fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o
fim do caminho
No rosto o desgosto, é
um pouco sozinho
É um estrepe, é um
prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é
uma conta, é um conto
É um peixe, é um
gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o
tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é
o fim da picada
É a garrafa de cana, o
estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é
o corpo na cama
É o carro enguiçado, é
a lama, é a lama
É um passo, é uma
ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na
luz da manhã
São as águas de março
fechando o verão
É a promessa de vida
no teu coração
É uma cobra, é um pau,
é João, é José
É um espinho na mão, é
um corte no pé
São as águas de março
fechando o verão,
É a promessa de vida
no teu coração
É pau, é pedra, é o
fim do caminho
É um resto de toco, é
um pouco sozinho
É um passo, é uma
ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é
uma febre terçã
São as águas de março
fechando o verão
É a promessa de vida
no teu coração
Pau, pedra, fim,
caminho
Resto, toco, pouco,
sozinho
Caco, vidro, vida,
sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março
fechando o verão
É a promessa de vida
no teu coração.
“Águas
de Março” na voz da eterna Elis Regina e Tom Jobim expressa o momento em que estou avaliando qual é a melhor maneira para alcançar meus
objetivos. É um momento onde estou dando mais valor a mim mesma. E a pesquisa
como vai?
Se hoje a
presença das mulheres em instituições científicas não é novidade, mas isso não
significa que as desigualdades de gênero tenham sido superadas.
Segundo
o censo do IBGE, o Brasil tem uma população estimada em 190 milhões de pessoas,
sendo majoritariamente feminina. 51% da população é composta por mulheres, ou
seja, quatro milhões de mulheres a mais que homens. Tem um nível de
escolaridade superior ao dos homens e já observa uma queda no índice de
analfabetismo. Estão próximas de alcançar os 50% da população economicamente
ativa, chefiam 1/3 das famílias brasileiras e
continuam recebendo menos que os homens pelo mesmo trabalho realizado.
Minha pesquisa tem como objetivo entender como a participação feminina
se deu nos anos recentes, particularmente, no campo da saúde. E a Fiocruz é,
seguramente, um campo fértil para empreender discussões dessa natureza.
A
opção por trabalhar somente com a titulação de doutorado se deve ao fato desta
ser uma credencial mínima para obter financiamentos públicos de pesquisa.
Dados
preliminares obtidos na Direh mostram uma predominância de pesquisadores
doutores mulheres, um contingente que dobrou de tamanho nos últimos vinte
quatro anos, período esse que cobre a realização de quatro concursos públicos,
entre 1998 e 2010.
Já comecei a elaborar a parte teórica da pesquisa e
também a coleta nos currículos Lattes dos pesquisadores doutores da Fiocruz,
com dados em torno de 1059, sendo 647 mulheres. Coletar, analisar e extrair informações valiosas de dados
demanda tempo e dedicação.
FIM
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