segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

Querida(o)s amiga(o)s,

Desejo a vocês e seus familiares um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de Amor, Paz e Alegria.

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

Entre 09 e 10 de dezembro de 2010, participei de dois eventos. No dia 9 de dezembro participei do workshop “Avaliação de mecanismos de interoperabilidade de sistemas e repositórios digitais”, promovido pela RNP e MinC, no Rio de Janeiro. A palestra que O D”Space em perspectiva A experiência do IBICT” proferida por Milton Shintaku/IBICT foi a que mais me interessou. Resumo do tema: Os repositórios digitais podem ser considerados uma inovação no gerenciamento da informação digital. As editoras, bibliotecas, arquivos e centros de informação em vários países estão criando grandes repositórios de informação digital, contendo diferentes tipos de conteúdos e formatos de arquivos digitais. O DSpace Institutional Digital Repository System (projeto colaborativo da MIT Libraries e a Hewlett-Packard Company) é um dentre vários projetos, atualmente em operação, orientados à criação de repositórios institucionais e à preservação digital. O DSpace foi desenvolvido em linguagem Java e é suportado por um conjunto de ferramentas open source (código aberto), como PostgreSQL, Tomcat e o Lucene (motor de busca). A solução é disponibilizada livremente às instituições sob a forma de um produto de código aberto, que pode ser livremente adaptado e expandido funcionalmente, nos termos da BSD Open source license. Utiliza o Dublin Core como esquema de metadado padrão e aceita todas as formas de materiais digitais, incluindo arquivos de texto, imagem, vídeo e áudio, o que possibilita custodiar os mais variados tipos de conteúdos, tais como, livros, artigos, relatórios técnicos, working papers, artigos de conferências, e-teses, conjuntos de dados (estatísticos, geoespaciais, etc.), programas de computador, modelos e simulações visuais, etc. No Brasil, o Dspace foi traduzido pelo o Institituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), que promovendo capacitações e difundindo o uso da apliação nas instituições de ensino e pesquisa.

No dia 10 de dezembro apresentei o trabalho “Relato de uma experiência exitosa de implementação de política de segurança e acesso ao Acervo Bibliográfico Raro da Fiocruz”, no VIII ENAR – Encontro Nacional de Acervo Raro, em 10 de dezembro de 2010, na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Segue o resumo do trabalho apresentado: Este trabalho apresenta os procedimentos de segurança adotados pela Fundação Oswaldo Cruz que norteiam a consulta e o acesso ao acervo bibliográfico raro da Seção de Obras Raras A. Overmeer da Biblioteca de Ciências Biomédicas do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, unidade técnico-científica da Instituição. Esta iniciativa resulta do inventário realizado pela equipe da Seção de Obras Raras na oportunidade em que foi constatado o desaparecimento de unidades do acervo como livros e estampas raras. No trabalho são destacadas as estratégias da política de segurança que dão acesso ao acervo de obras raras (consulta dos originais e de reproduções) e a capacitação de recursos humanos. São incluídas também as orientações sobre o uso das tecnologias de segurança utilizadas como complemento ao sistema de vigilância patrimonial (instalação de circuito fechado de TV, com câmeras em número suficiente para permitir o monitoramento das áreas de armazenamento e leitura e a instalação de sistemas eletrônicos antifurto) e contempla ainda a necessidade de formulação de projetos que assegurem a preservação e o acesso a acervos institucionais em meio digital.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A MULHER NA CIÊNCIA

A última edição de 2010 da Elsevier News homenageia a mulher na ciência. Ao longo de todo o ano, ela foi o foco de diversas ações da editora. No Brasil – terceiro país no mundo com maior proporção de formação de doutoras desde 2004 - o Prêmio Scopus, em parceria com a Capes, homenageou dez pesquisadoras em novembro.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fazendo Gênero 9 - Diásporas, Diversidades, Deslocamentos.

O Fazendo Gênero 9, realizado entre 23 a 26 de agosto de 2010,  teve seu foco central em temas que sugerem movimento tanto pela dispersão dos povos e culturas através de espaços geográficos quanto pelo desejo de realocações em espaços imaginados e pelo encontro com identidades plurais.  Foi um evento que sugeriu três dimensões para se discutir algumas das mais significativas experiências dos sujeitos contemporâneos, em sua permanente demanda de cruzamento de fronteiras: Diásporas, Diversidades, Deslocamentos.


Acesse  os textos completos e resumos dos  pôsteres apresentados durando o Fazendo Gênero 9.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Lançamento do Portal da Rede BHL SciELO

Participei do lançamento do Portal da Rede BHL SciELO, realizado no dia 1 de dezembro de 2010, no Museu de Zoologia da USP, em São Paulo,SP. Durante o evento, foram socializados os fundamentos e objetivos dos projetos financiados pelo Ministério do Meio Ambiente e pela FAPESP para a gestão e disseminação de literatura científica e técnica em biodiversidade, como resultado da convergência dos projetos. Na ocasião, também foi apresentada a primeira versão do Portal BHL SciELO, com acessos aos conteúdos das bases da BHL e SciELO - obras essenciais em biodiversidade de autores brasileiros ou de estudo da biodiversidade brasileira, digitalizadas e disponibilizadas online em acesso aberto.

Hussam Zaher, coordenador científico do Projeto SciELO Biodiversidade, falou sobre a  importância da gestão de informação e intercâmbio de conhecimento em biodiversidade; Abel L. Packer, coordenador operacional  do Projeto SciELO, apresentou o demo do Portal  Rede BHL;  Rogério Meneghini, coordenador científico do Programa SciELO, que apresentou dados sobre a produção científica brasileira na área de zoologia; Sueli Mara Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, que falou dos desafios do acesso aberto na universidade, Dora Ann Lange Canhos, do Cria, que contou sobre a experiência da Lista de Espécies da Flora do Brasil, Tiago Duque Estrada, gestor executivo do Biota-FAPESP na Universidade Estadual de Campinas, que falou das publicações do programa, da revista Biota Neotropica e do Sistema de Informação Ambiental (SinBiota).

O Portal de Rede BHL SciELO é parte do projeto “Digitalização e Publicação Online de uma Coleção de Obras Essenciais em Biodiversidade das Bibliotecas Brasileiras”, com a participação das seguintes instituições:

· Biblioteca Nacional
· Biodiversity Heritage Library
· BIREME/PAHO/WHO
· Centro de Referência em Informação Ambiental
· FAPESP, Programa BIOTA
· FIOCRUZ
· Fundação Zoobotânica
· Instituto de Botânica do Estado de São Paulo
· Jardim Botânico do Rio de Janeiro
· Ministério da Ciência e Tecnologia
· Ministério do Meio Ambiente
· Museu Nacional
· Museu Paraense Emílio Goeldi
· Universidade de São Paulo, por meio do Museu de Zoologia, Instituto de Biociências e Sistema Integrado de Bibliotecas
· Universidade Federal do Paraná

O Portal integrará a rede global The Biodiversity Heritage Library (BHL), consórcio que reúne os maiores museus de história natural e bibliotecas de botânica no mundo, como a Academy of Natural Sciences e o American Museum of Natural History, nos Estados Unidos, e o Natural History Museum, na Inglaterra.








sexta-feira, 26 de novembro de 2010

IOC inova e cria pós em Biodiversidade e Saúde

Técnicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), deram parecer favorável ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para a implantação do novo curso Stricto sensu de Mestrado e Doutorado em “Biodiversidade e Saúde”. Inédita na Fiocruz, a iniciativa contará com 28 professores, todos da Instituição. A primeira turma ingressará em 2011.

“Essa pós é um sonho que se concretiza e que vem sendo discutido pelos 14 laboratórios envolvidos no projeto do novo programa de pós-graduação desde a primeira edição do Colegiado de Doutores, em 2005”, comemora o pesquisador Cleber Galvão, do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC e um dos principais envolvidos na empreitada.

“O Brasil possui uma diversidade biológica imensa e o IOC tem tradição na área de biodiversidade, pois conta com coleções biológicas que existem há mais de cem anos. O curso vai reforçar a importância das coleções biológicas que são motivo de orgulho e riqueza tanto cultural, quanto de patrimônio do Instituto”, explica.

Foram cinco anos, desde as primeiras discussões, até a aprovação da Capes. “Existia uma lacuna importante, pois o IOC já tinha cursos de pós-graduação em várias áreas das Ciências Biológicas. Detectamos um número grande de pesquisadores que trabalham mais focados na orientação de estudos no campo da biodiversidade e que não estavam orientando dentro dos programas de pós-graduação da Instituição”, afirma Cleber. Segundo o pesquisador, o grupo é composto por cerca de 70 especialistas e agrega duas Áreas de Pesquisa do IOC: Taxonomia e Biodiversidade e Helmintoses.


O professor, que é mestre e doutor em Parasitologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), está na Fiocruz há 21 anos contribuindo com pesquisas na área de taxonomia de insetos vetores. Ele, que coordenou todo o processo de criação da pós, vai ministrar a disciplina de Taxonomia Zoológica. As aulas de Biodiversidade e Saúde Ambiental serão obrigatórias para ambos os níveis de pós-graduação.“Buscamos um aluno que seja preparado para trabalhar com biodiversidade associada à saúde. O curso oferecerá duas áreas de concentração: Taxonomia e Sistemática e Saúde Ambiental e Humana”, esclarece. A princípio, grande parte das disciplinas serão ministradas no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ).

Helene Santos Barbosa, do Laboratório de Biologia Estrutural do IOC, também comemora. “É com entusiasmo que recebemos a notícia da aprovação pela CAPES. Esse novo curso representa a inserção de cerca de 27 doutores do corpo de pesquisadores do IOC como docentes nos programas de pós, estimulando a pesquisa nos estudos da biodiversidade assegurando o avanço científico associando-os à saúde pública e ambiental. Essa é uma conquista que agrega pesquisadores num tema tão atual e relevante para nosso país”, afirma.

Serão 10 vagas oferecidas anualmente tanto para Mestrado quanto para Doutorado. O curso para formação de mestres terá a duração de dois anos e o de doutores, quatro. A pós-graduação será gratuita para os estudantes e contará com 37 disciplinas. A previsão para abertura de inscrições é para o primeiro semestre de 2011 e, o início das aulas, previsto para o segundo semestre.

FONTE:  João Paulo Soldati   18/11/2010

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gênero, ciência e tecnologia: um resgate histórico imprescindível

Entre 12 e 15 de novembro de 2010, a SBHC promoveu o 12º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia e o 7º Congresso Latino-Americano de História da Ciência e da Tecnologia, na cidade de Salvador, nas dependências da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a participação de pesquisadores de diversos países latino-americanos. Participei do Simpósio temático 16 - Gênero, ciência e tecnologia: um resgate histórico imprescindível, coordenado Marília Gomes de Carvalho – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Brasil) e Cristina Tavares da Costa Rocha – Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil). Apresentei no dia 14 de novembro, na sessão 4, o trabalho: “Gênero, Ciência & Tecnologia e Saúde: um olhar exploratório a partir do acervo de obras raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz”.

O trabalho foi publicado em texto completo nos Anais do 12º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia e o 7º Congresso Latino-Americano de História da Ciência e da Tecnologia, em CD-ROM.

Figura 1 – Turma de 1932. Fonte: FONSECA FILHO, 1974. Na turma de 1932 ocorreu a primeira participação/inserção feminina no Curso de Aplicação do IOC. Sylvia Ecila Hasselmann é a terceira pessoa na fila da frente a contar da direita para a esquerda



Segue resumo do trabalho apresentado: As relações de gênero no âmbito da construção do conhecimento em Ciência e Tecnologia e Saúde no Brasil é o objeto do presente trabalho de doutoramento do Programa de Pós-Graduação em Informação, Comunicação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Objetiva-se um olhar exploratório sobre a representatividade e a contribuição feminina na constituição do campo multidisciplinar que atualmente compõe a pesquisa em saúde na Fiocruz, a partir do Acervo de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas. No Brasil, o campo dos estudos de gênero ainda não se encontra consolidado, ainda que algumas evidencias já apontem que as mulheres enfrentam preconceitos e barreiras que comprometem a progressão em carreiras científicas e a captação de recursos para pesquisa. Surge assim o interesse de investigar o histórico da participação feminina na produção de conhecimento em saúde no Brasil. A partir de análises quantitativas da produção cientifica e da trajetória acadêmica feminina na Fundação Oswaldo Cruz, será possível identificar e traçar, por exemplo, redes de relacionamento de gênero e a evolução de temas e objetos de pesquisa; o caráter mais local ou internacional dos mesmos; o padrão de colaboração cientifica no que diz respeito à equidade de gênero, dentre outros pontos de interesse. Iluminar e desenhar essa trajetória deve contribuir também para enriquecer a memória em ciência e tecnologia em saúde no Brasil e abrir nova fonte de estudo para outros campos do saber.

REFERÊNCIA:

RODRIGUES, J. G.; GUIMARÃES, M. C. S. Gênero, Ciência & Tecnologia e Saúde: um olhar exploratório a partir do acervo de obras raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA, 12., 2010, Salvador; CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA, 7., 2010, Salvador. Anais... Rio de Janeiro: SBHC, 2010.





quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SEMINÁRIO ESTATÍSTICAS PÚBLICAS E INDICADORES SOCIAIS: AS NOVAS E VELHAS RESPONSABILIDADES DO ESTADO BRASILEIRO

 A proposta do seminário consiste em refletir sobre as características atuais e perspectivas da produção das estatísticas públicas e apresentar análises que se valem destas estatísticas para abordar tanto temas já consolidados quanto novos temas que se impõem no momento atual. Uma combinação entre diferentes tradições de pensamento deu lugar à estatística moderna, envolvendo reflexões e debates que, no entanto, parecem perder a sua força em período recente. Reativar essas reflexões e esses debates é um dos propósitos do presente seminário que reúne pesquisadores de várias áreas e, de algum modo, envolvidos com a prática estatística.  

A relevância e a oportunidade de uma reflexão sobre as estatísticas públicas encontram-se no fato de que as descrições da realidade brasileira produzidas por seu intermédio são orientadoras da ação social do Estado, e também no fato de que uma de suas principais fontes de informação, o Censo Demográfico, está em campo no presente ano.
As mesas temáticas contemplarão a reflexão sobre os indicadores sociais, assim como temas consolidados e emergentes relacionados à construção de indicadores e sua influência nas políticas públicas. Neste contexto, tópicos como migração, cor/raça, envelhecimento populacional, trabalho informal, gênero, diversidade sexual e responsabilidade social são considerados.



18 de novembro de 2010


Local: Auditório Manoel Mauricio de Albuquerque CFCH/UFRJ - Praia Vermelha


PROGRAMA





9:00 - 9:30 - Abertura


Profª Drª Mavi Pacheco - Diretora da ESS/UFRJ;


Profª Drª Sara Granemann - Coordenadora do Programa de Pós Graduação da ESS/UFRJ;


Profª Drª Maíza Sacramento de Magalhães - Coordenadora de Pós-Graduação da ENCE/IBGE;


Profª Drª Célia Ribeiro Zaher - Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação da UFRJ/IBICT;


Profª Drª Ludmila F. Cavalcanti - Coordenadora do Núcleo de Ações e Estudos em Saúde Reprodutiva e Trabalho Feminino da ESS/UFRJ


9:30 - 10:30 - Palestra


A variável população e as Políticas Sociais - Kaizô Beltrão - Doutor em Estatística pela Universidade de Princeton, U.S.A; ENCE/IBGE


10:30 - 11:30 - Mesa 1 - Reflexões sobre os indicadores sociais


Os indicadores sociais e a construção da realidade - Eduardo Mendonça - COPIS/IBGE


Interlocuções entre a antropologia e os indicadores sociais - Miriam Lins e Barros - ESS/UFRJ


Coordenação da mesa: Ludmila F. Cavalcanti - ESS/UFRJ


11:30 - 12:30 - Mesa 2 - Indicadores sociais: temas (1)


Classificação de cor/raça para estudos populacionais - Moema de Poli Teixeira - ENCE/IBGE


Mobilidade espacial da população: contexto e indicadores - Olga Maria Schild Becker - IGEO/UFRJ


Envelhecimento Populacional e políticas para terceira idade - Kaizô Iwakami Beltrão - ENCE/IBGE


Coordenação da mesa: Ana Maria Kirschner - IFCS/UFRJ


12:30 - 14:00 - Intervalo para almoço


14:00 - 15:00 - Mesa 3 - Indicadores sociais: temas (2)


Perfil dos trabalhadores informais 1992-2009 - Sonoe Sugahara - ENCE/IBGE


Gênero e indicadores de ciência e tecnologia - Gilda Olinto - IBICT/MCT


Coordenação da mesa: Zuleica Oliveira - ESS/UFRJ


15:00 - 15:30 coffee break


15:30 - 16:00- Mesa 4 - Indicadores sociais: temas (3)


Diversidade sexual


Silvia Mangaravite - psicanalista


Responsabilidade Social Corporativa Interna e FIB Empresarial


Ana Maria Kirschner - IFCS/UFRJ


Fabiane Turisco - LATEC/UFF


Coordenação da mesa: Gilda Olinto - IBICT/MCT


16:00 - 17:30 - Avaliação e conclusões gerais


Organização e Coordenação
Ana Maria Kirschner (IFCS/UFRJ)
Gilda Olinto (IBICT/MCT)
Moema de Poli Teixeira (ENCE/IBGE)
Zuleica Oliveira (ESS/UFRJ)


PROMOÇÃO


UFRJ / ESS - Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
UFRJ / ESS - Núcleo de Ações e Estudos em Saúde Reprodutiva e Trabalho Feminino
UFRJ / IBICT - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação
IBGE / ENCE - Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais


APOIO : CNPq


E-mail: indicadoressociais@gmail.com

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Revistas ilustradas:modos de ler e de ver o Rio de Janeiro na Primeira República

Fundação Casa de Rui Barbosa promove, nos dias 16 e 17 de novembro, a partir das 9h, o seminário Revistas ilustradas:modos de ler e de ver o Rio de Janeiro na Primeira República. A entrada é franca e será conferido certificado de participação.


Modernidades gráficas, sensibilidades urbanas, cinema, fotografia, caricatura, artes e literatura são temas apresentados pelas revistas ilustradas e que o evento da FCRB propõe a discutir

:: Programação

:: Dia 16 de novembro


9h às 12h


MESA 1 : Revista ilustrada, releituras

O gênero revista ilustrada em questão: desafios e possibilidades  - Tania de Lucca (Unesp)

Leituras entrecruzadas, imagens do Pierrot  - Monica Pimenta Velloso (FCRB)

A crítica de arte nas revistas ilustradas brasileiras durante a Primeira República - Paulo Knauss (UFF/Labhoi) e Arhur Valle (UFRRJ)

14h às 16h

Mesa 2: Visualidades urbanas

 J. Carlos em Revista - Julieta Sobral (PUC-Rio)

As formas da crítica de cinema na revista Para Todos - Michelle Salles (EBA/UFRJ)

Fotografia, cidade moderna e revistas ilustradas - Cláudia de Oliveira (EBA/UFRJ)


:: Dia 17 de novembro


9h às 12h


Mesa 3: Modernidade gráfica


A Maçã - objeto de desejo - Aline Haluch (Coordenadora de Design Editorial do Studio Creamcrackers Design)

A modernização da imprensa brasileira no final do século XIX com as revistas A Cigarra e A Bruxa -
Letícia Pedruzzi (Ufes)

Art Nouveau no trajar e no falar: A modernidade gráfica na década de 1900 Rafael Cardoso (Esdi/Uerj)


14h às 17h


Mesa 4: A cidade nas revistas


Scenas da Vida Carioca: o Rio de Janeiro de Raul Pederneiras - Laura Nery (Uerj)

Com ordem e progresso: família e decoração em a Revista da Semana - Marize Malta (EBA /UFRJ)

Araújo Vianna e a crítica da arquitetura na revista Renascença  - Denise Gonçalves (CBHA)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Glossário

Fonte: Fiocruz - Notícias - Imprensa




Assédio Moral no Trabalho – É a vivência de situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho, com características de serem repetitivas e prolongadas ao longo do dia de trabalho ou em períodos constantes, ou ainda, no desempenho de atividades temporárias ou periódicas. Destacam-se situações onde há imposição da vontade de chefes sobre subordinados, com tratamento de modo desumano, desrespeitoso e antiético. O desrespeito no tratamento, na maioria das vezes acontece entre o chefe e seu subordinado, mas também pode ocorrer entre colegas no mesmo nível hierárquico.


Assédio Sexual no Trabalho – É a forma de violência em que o (a) agressor (a) usa de sua relação de poder para constranger o (a) funcionário(a) com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual.


Cidadania – é o acesso a um conjunto de direitos de regras universais válidas para todos em qualquer lugar. "Cidadania: direito de ter direito". Cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e que participa ativamente de todas as questões da sociedade.


Direitos Humanos – Essa expressão designa os ‘direitos fundamentais’, a partir dos quais os demais direitos se constituem. O artigo 5º da Constituição Brasileira define como direitos fundamentais o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Direitos da Mulher – É a garantia de que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goze dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.


Discriminação no Trabalho – É toda forma de distinção, exclusão ou preferência cuja finalidade é de modificar a igualdade de oportunidade ou tratamento em matéria de emprego ou profissão, excluindo-se preferências baseadas em qualificações necessárias à ocupação de determinada função. A discriminação no trabalho pode estar relacionada a gênero, idade, raça, religião ou credo, opinião política, origem nacional, étnica ou social, situação econômica ou outra condição.

Diversidade – São as distintas possibilidades de expressão e vivência social das pessoas, dadas por aspectos de orientação sexual, gênero, sexo, faixa etária, raça/cor, etnia, pessoa com deficiência, entre outros.

Equidade – É a possibilidade das diferenças serem manifestadas e respeitadas sem discriminação, em condição de igualdade. Situação que favoreça o combate das práticas de preconceito em relação às diferenças de gênero, políticas, étnicas, religiosas e culturais.

Equidade e Igualdade de Gênero no Trabalho - É a disposição de reconhecer a equivalência de valor entre os sexos, para que homens e mulheres tenham as mesmas chances, oportunidades e reconhecimento nos diferentes ambientes de trabalho.


Gênero – É o saber que estabelece significados para as diferenças corporais. Esses significados são construídos historicamente e variam de cultura para cultura. O conceito de gênero possui também a dimensão das relações sociais entre os sexos, a partir da qual é possível perceber desigualdades entre homens e mulheres.

Heterossexismo - Designa um pensamento segundo o qual todas as pessoas são heterossexuais. Um indivíduo ou grupo heterossexista não reconhece a possibilidade de existência legítima da homossexualidade, ou mesmo da bissexualidade. É a idéia de que a heterossexualidade é a orientação sexual “normal” e “natural”, que comportamentos “não-heterossexuais” são um “desvio” da regra social, uma anomalia. O heterossexismo atribui vantagens à heterossexualidade, privilegia os direitos de heterossexuais em detrimento dos direitos de homossexuais. Por vezes sutil, o heterossexismo é a opressão de “não-heterossexuais” por meio inclusive da negligência, omissão, supressão e distorção dessas vivências.


Homofobia - Tal qual a lesbofobia, é uma postura de repulsa ainda mais ampliada, ou seja, em relação às e aos homossexuais, e ainda às e aos travestis, e às e aos transexuais. A homofobia se expressa de muitas formas: dificultando a formação educacional e profissional de homossexuais; motivando demissões ou mesmo impedindo homossexuais de conseguirem uma vaga no mercado de trabalho formal; impedindo a expressão da afetividade de casais em vias públicas etc. Em muitos casos, chega ao cúmulo da violência física e ao assassinato de homossexuais, constituindo assim um problema de Estado, pois abarca a violação dos Direitos Humanos, de todo um segmento populacional. Portanto, o entendimento da homofobia deve ir para além de uma questão pessoal daquele que é homofóbico e ser assumido pelo Estado como um problema social a ser solucionado.

Identidade de gênero - Independente do sexo, um ser humano pode ter a identidade de gênero de mulher, de homem ou ainda outras identidades de gênero possíveis, lembrando que a identidade de gênero é uma construção social, e não um signo físico ou biológico.


Identidade sexual - É o conjunto de características sexuais que diferenciam cada pessoa das demais e que se expressam pelas preferências sexuais, sentimentos ou atitudes em relação ao sexo. A identidade sexual é o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a pessoa ao longo da vida. Nem sempre está de acordo com o sexo.


Igualdade – É um valor da democracia, que descreve o equilíbrio e igualdade de direitos e responsabilidades entre os membros da sociedade, independente de orientação sexual, gênero, faixa etária, classe, raça etc. Os direitos de uma cidadã heterossexual não podem ser diferentes dos direitos de uma cidadã homossexual, ou então o Estado está sendo desigual.


Igualdade entre Sexos - É dar condições iguais para homens e mulheres realizarem plenamente seus direitos e seus potenciais, no sentido de contribuir com as mudanças sociopolíticas e culturais da sociedade em que vivem e nos ambientas de trabalho em que atuam.


Lesbofobia - Fobia que algumas pessoas e/ou grupos têm em relação às lésbicas. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afetivas e sexuais entre mulheres, um ódio generalizado às lésbicas e todos os aspectos do preconceito e discriminação heterossexista. É apontada como causa da maior parte dos casos de violência sofridos pelas lésbicas no mundo inteiro.

Orientação sexual - É a atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa sente pela outra. A orientação sexual existe num continuum que varia desde a homossexualidade exclusiva até a heterossexualidade exclusiva, passando pelas diversas formas de bissexualidade.


Padrão heteronormativo - É o padrão social ou sistema social vigente na sociedade brasileira, onde a heterossexualidade é ensinada, reforçada e exclusivamente aceita pelas instituições sociais e pela própria sociedade.


Patriarcado - Sistema de organização política, econômica, religiosa, social etc, fundada numa hierarquia na qual a maioria das posições superiores é ocupada por homens. O patriarcado é também responsável pela exclusão social das mulheres nas várias esferas da vida.


Perseguição no trabalho - É a privação intencional e grave de direitos fundamentais em flagrante violação do Direito Internacional.


Plano de Ação/Fiocruz – É um documento que contém ações, utilizando como parâmetro a Gestão de Pessoas e a Cultura Organizacional, elaborado pelos membros do Comitê Pró-Equidade de Gênero da Fiocruz, aprovado pela Presidência e referendado pelo Programa Pró-equidade de Gênero do Governo Federal. O plano é elaborado anualmente e seu objetivo é consolidar o compromisso da Fiocruz na adoção de práticas que visem a construção da equidade de gênero.


Programa Pró-Equidade de Gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) - É uma ferramenta instituída pela SPM com a finalidade de desenvolver concepções e procedimentos na Gestão de Pessoas e na Cultura Organizacional para alcançar a Equidade de Gênero no mundo do trabalho.

Relações de Gênero – São as relações sociais entre mulheres e homens biologicamente definidos, de atitudes, comportamentos, hierarquias e representações simbólicas que se referem a duas posições desiguais de poder nas sociedades, as quais podem ser ocupadas por pessoas de mesmo sexo ou de sexos diferentes em situações variadas.


Selo Pró-Equidade de Gênero – É o reconhecimento do esforço feito pelas organizações em seu cotidiano na implementaçãode práticas de equidade propostas no Plano de Ação do Programa Pró-Equidade de Gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.


Sexo - Refere-se às características específicas e biológicas dos aparelhos reprodutores feminino e masculino, ao seu funcionamento e aos caracteres sexuais secundários decorrentes dos hormônios.


Sexualidade - Transcende os limites do ato sexual e inclui sentimentos, fantasias, desejos, sensações e a própria expressão corporal.


SPM – Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, criada pela Medida Provisória nº 103, para desenvolver ações conjuntas com todos os Ministérios e Secretarias Especiais, tendo como desafio a incorporação de especificidades das mulheres nas políticas públicas e o estabelecimento das condições necessárias para sua plena cidadania.


Violência Doméstica – É a violência, explícita ou velada, praticada dentro de casa, usualmente entre parentes ou pessoas que habitam o mesmo domicílio ou que tenham habitado e que mantenham estreita convivência com a vítima.






Fontes consultadas:

Anis: Instituto de Bioética. Direitos Humanos e Gênero. Legislação e jurisprudência LGBTTT: lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros. Brasília : Letras Livres, 2007. Disponível em: http://www.coturnodevenus.org.br/leisejuris/atualizacoes.htm



BRASIL.  Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do parágrafo 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher: dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

COMITÊ PERMANENTE PARA QUESTÕES DE GÊNERO DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA E EMPRESAS VINCULADAS. Pesquisa de Gênero Eletrosul 2009: relatório final. 

COMITÊ DE GÊNERO ELETROSUL. Gênero: vamos clarear essa idéia? Brasília: 2006.


COMITÊ PERMANENTE PARA QUESTÕES DE GÊNERO DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA E EMPRESAS VINCULADAS. Pesquisa de Gênero Eletrosul 2009: relatório final.



CONSELHO NACIONAL DE COMBATE À DISCRIMINAÇÃO (Brasil). Brasil Sem Homofobia: Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra LGBT e Promoção da Cidadania Homossexual. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.


DAMATTA, Roberto. A questão da cidadania num universo relacional. In: ________. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5. ed. Rev. e ampl. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Conheça a OIT. Disponível http://www.oitbrasil.org.br/



SCOTT, Joan. Gender and Politics of History. Cadernos Pagu, Campinas, n.3, p. 11 – 27, 1994.






Política de comunicação é tema da Reciis

"Políticas de Comunicação, democracia e cidadania" é o tema do suplemento temático da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis). A publicação destaca questões, que estiveram no centro do debate da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em 2009. Os autores são pesquisadores dos campos da comunicação e da saúde coletiva, e representantes de entidades da sociedade civil. A iniciativa é do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

Fonte: Fiocruz - Notícias - Imprensa

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

XI Enancib 2010

O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido através do convênio entre o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é o anfitrião do XI ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação – a ser realizado no Rio de Janeiro de 25 a 28 de outubro de 2010 – ano da celebração dos 40 anos de existência do PPGCI/IBICT.

A realização do evento tem como colaboradores o Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) da FIOCRUZ, os Cursos de Graduação em Biblioteconomia, Museologia e Arquivologia da UNIRIO e o Curso de Biblioteconomia e Gestão das Unidades de Informação da UFRJ.

O ENANCIB é o evento nacional da ANCIB – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação – que congrega pesquisadores, professores, profissionais e estudantes da Ciência da Informação e áreas afins, com o principal objetivo de comunicação de pesquisas científicas em seu domínio de atuação.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DIÁRIO DE PESQUISA II

As disciplinas que estou cursando no 2º semestre, Seminários Interdisciplinares de Pesquisa II e Comunicação e Avaliação da Ciência, estão sendo muito enriquecedoras. Na disciplina Seminários Interdisciplinares de Pesquisa II tive a oportunidade de assistir a palestra sobre o tema “Bibliometria, métodos quantitativos em Informação”, com a Profª Drª Gilda Braga. O conteúdo da palestra contribuiu para melhor domínio das técnicas bibliométricas vão me possibilitar mapear a produção científica feminina em C&T em Saúde, na perspectiva dos estudos de Informação.


A proposta de trabalho de conclusão disciplina Comunicação e Avaliação na Ciência se consistirá na construção do  primeiro capítulo de minha tese de doutorado. Para melhor compreensão o porquê dessa escolha, cito aqui Le Codiac (2004) ao comentar sobre a importância da comunicação na ciência destaca que a comunicação de novos dados e novos conceitos formulados devem acontecer de forma que permita sua compreensão e comprovação pelos pares, para que futuramente possam guiar a novos caminhos de pesquisa.

Como postado no Blog, o VIII Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero, realizado em 2010, na cidade de Curitiba, em seu discurso inaugural “Presentes y eclipsadas” serviu de base para uma profícua discussão sobre a participação da mulher nas diferentes esferas sociais. Assim, em relação as minhas leituras, cito aqui duas novas aquisições: O Segundo Sexo, v.2 - a experiência vivida (1980), de Simone de Beauvoir. A obra, publicada pela primeira vez em 1949, analisa o conflito entre liberdade e autonomia das mulheres e Visões do feminino (2004), de Ana Paula Vosne Martins. A autora explica como emergiram as especialidades médicas que lidavam com a natureza sexual e reprodutiva da mulher. Mostra ainda como os conhecimentos sobre as singularidades femininas redundaram na criação de controle e na imposição de papéis sociais com duradouras implicações para a vida das mulheres em uma conjuntura histórica que ainda perdura.

Gostaria de destacar a minha participação como ouvinte no Fórum Permanente de Arte e Cultura “Obras Raras e Coleções Especiais”, no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas, nos dias 6 e 7 de outubro de 2010. O evento teve como objetivo discutir questões relacionadas aos critérios para reunir, preservar e dispor o acesso às coleções e arquivos documentais de documentos considerados raros e especiais. Fórum contou com cerca de 600 profissionais envolvidos na área de gestão de documentos e livros raros: arquivistas, bibliotecários, restauradores, educadores, pesquisadores, bibliófilos. Maiores detalhes vejam postagem do dia 17 de outubro de 2010!

E, assim, como Teseu, estou a esticar o meu “novelo de linha” que, com certeza, me conduzirá em meu processo de investigação.


domingo, 17 de outubro de 2010

Presentes y eclipsadas

Num esforço de impulsionar a participação e o reconhecimento das mulheres nos distintos campos da ciência e da tecnologia e promover a pesquisa sob a perspectiva de gênero no âmbito iberoamericano, ocorreu o I Congresso Iberoamericano de Ciência, Tecnologia e Gênero, em Madrid, em 1996.

Eu & Shirley Malcolm
 Entre 5 a 9 de abril de  2010, este congresso, ocorreu pela primeira vez no Brasil, em sua oitava edição, em Curitiba, mobilizando mais de 200 pesquisadoras e pesquisadores provenientes do Brasil, Portugal, Espanha, Argentina, Cuba, Venezuela, México, Colômbia, Estados Unidos, entre outros países iberoamericano.


O discurso inaugural “Presentes y eclipsadas” do citado congresso serviu de base para a discussão sobre a participação da mulher nas diferentes esferas sociais, especialmente, nas políticas públicas visando o reconhecimento feminino e sua maior inserção nas áreas da C&T nos países iberoamericanos.

A presença feminina ainda é incipiente nos espaços formais de decisão. Ocupar esses espaços é indispensável para mudar as estruturas condicionantes, possibilitando relações sociais entre mulheres e homens pautadas em maior equidade.

Obras Raras e Coleções Especiais


Estampa nº 16, v.1 de Entomology, 1840.
               Acervo: Biblioteca e Ciências Biomédicas – Fiocruz.

Nos dias 6 e 7 de outubro, participei do Fórum Permanente de Arte e Cultura “Obras Raras e Coleções Especiais”, no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas.

O evento teve como objetivo discutir questões relacionadas aos critérios para reunir, preservar e dispor o acesso às coleções e arquivos documentais de documentos considerados raros e especiais.


Fórum contou com cerca de 600 profissionais envolvidos na área de gestão de documentos e livros raros: arquivistas, bibliotecários, restauradores, educadores, pesquisadores, bibliófilos.

No dia 6 de outubro, abertura Oficial do Evento com a presença das seguintes autoridades: Prof. Dr. Fernando Ferreira Costa, reitor da Unicamp, Prof. Dr. Edgard Salvador De Decca, coordenador geral da Unicamp e o Prof. Dr. Alcir Pécora, diretor do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Unicamp, que apresentaram o projeto de construção do prédio próprio para o acervo de obras raras com uma proposta pioneira de integração entre os arquivos documentais e o acervo de obras raras da universidade. Conforme De Decca: “O fórum é quase como a pedra fundamental da nossa Biblioteca de Obras Raras e Coleções Especiais, a Bora, um projeto que tem a ambição de constituir um novo paradigma na área de preservação de arquivos e bibliotecas. Trata-se da integração de competências – arquivistas, técnicos, bibliófilos e docentes tanto de humanas como de exatas – para constituir um grupo que pense a gestão ampla de todo o acervo”. O projeto da Biblioteca de Obras Raras e Coleções Especiais (Bora) da Unicamp conta com apoio financeiro da Finep com a liberação de R$ 8,3 milhões para a construção do prédio.

A palestra de abertura foi concedida por Thomas Cohen, diretor da Biblioteca Oliveira Lima, Universidade Católica de Washington, Estados Unidos, a mais importante biblioteca de brasilianas fora do país, possui um acervo de 58 mil livros além de correspondência trocada com intelectuais, mais de seiscentos quadros e incontáveis álbuns de recortes com notícias de jornais.

As palestras seguintes foram concedidas por Ana Virginia Pinheiro, bibliotecária, chefe da Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), explanou sobre a Política de Coleção de Livros Raros adotada pela FBN; Beatriz Haspo, conservadora chefe da Divisão de Coleções, Acesso, Empréstimo e Gerenciamento da Library of Congress, Estados Unidos, apresentou a política de proteção ao acervo (segurança física, preservação, controle bibliográfico, controle de inventário e digitalização) adotada na Library of Congress que possui um acervo em torno de 150 milhões de itens, e o Prof. Dr. Pedro Puntoni, diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da USP e coordenador adjunto (técnico) do Projeto Brasiliana USP, que falou sobre o Projeto Brasiliana USP. Conforme Puntoni: “A doação da Biblioteca Mindlin foi à base do projeto, que prevê um moderno edifício para abrigar a coleção, e outro para laboratórios de digitalização e centro de restauro”. O projeto conta com auxílio da Fapesp para a digitalização, iniciando com o acervo de Mindlin (cerca de 17 mil títulos com 40 mil volumes).

No dia 7 de outubro, a palestra foi iniciada pelos depoimentos dos bibliófilos Pedro Corrêa do Lago, ex-presidente da FBN, e Ruy Souza e Silva que contaram um pouco sobre suas experiências de grandes colecionadores de obras raras e especiais.

As seguintes palestras foram concedidas por Maria Luisa Soares, conservadora e restaurada da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), explanou sobre os conceitos desenvolvidos pelo Núcleo de Conservação e Restauro da FCRB e apresentou um panorama das políticas de conservação integrada, e Ingrid Beck, consultora para preservação de acervos, falou sobre as medidas e ações que visam à salvaguarda do patrimônio tangível e compreende a conservação preventiva, curativa e de preservação.

Infelizmente, devido ao horário agendado para retorno ao Rio de Janeiro, não pude assistir a última palestrante, a Profª Ana Maria de Almeida Camargo, do departamento de História da USP com o tema “Acervos Documentais: a integridade dos conjuntos” que seria de grande interesse a explanação sobre o princípio de indivisibilidade ou integridade de conjuntos documentais (bibliográficos ou arquivísticos) enquanto informação.

Programa Pró-Equidade de Gênero

O Programa Pró-Equidade de Gênero é uma iniciativa do Governo Federal, implementado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), que visa alcançar a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres nas organizações públicas e privadas por meio do desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional.


O Comitê Pró-Equidade de Gênero da Fiocruz, criado pela Portaria da Presidência nº 134 de 8 de maio de 2009, é vinculado à Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional e assessora a presidência na implantação e acompanhamento do Programa Pró-Equidade de Gênero na instituição. Composto por representantes de todas as unidades da Fiocruz, o Comitê atua na promoção e a adoção de práticas de equidade de gênero de forma sistemática, como um instrumento de gestão.

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia movimenta o Rio, da Zona Sul à Zona Oeste

A criatividade que fomenta a inovação tecnológica e o desenvolvimento da ciência estará ao alcance de toda a população durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorrerá de 18 a 24 de outubro em todo o país. Com o tema Ciência para o desenvolvimento sustentável, o evento chama atenção para a importância da preservação da biodiversidade e do meio ambiente. No Rio de Janeiro, quase 200 atividades – todas gratuitas – vão mostrar ao público que a ciência pode ser bem divertida e ensinar pessoas de todas as idades a incluir ações sustentáveis em seu dia a dia. A programação está distribuída por toda a cidade, em quatro polos temáticos: a Tenda da Inovação, na Cinelândia, e os espaços Ciência para Crianças, no Aterro do Flamengo, Ciência Sustentável, no Jardim Botânico, e Ciência em Campo Grande, no Centro Esportivo Miécimo da Silva. Instituições como a Fiocruz, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e muitos outros centros de pesquisa estarão de portas abertas para mostrar como se faz ciência no Brasil.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mulheres na ciência

          As mulheres contribuíram para a ciência desde os primeiros dias, mas não foram reconhecidas. Historiadores interessados em estudos sobre gênero e ciência trouxeram à luz as contribuições femininas, as barreiras enfrentadas e as estratégias implementadas para conseguir a aceitação do trabalho científico.
         O envolvimento de mulheres no campo da medicina foi registrado em diversas civilizações antigas. Uma egípcia, Merit Ptah (2.700 a.C.), definida numa inscrição como "médica chefe", é o mais antigo registro de de uma mulher na história da ciência. Agamede foi citada por Homero como uma curadora na Grécia Antiga antes da Guerra de Tróia. Agnodice foi a primeira mulher médica a exercer a profissão de maneira reconhecida pela lei na Atenas do século IV a.C.
          O estudo da filosofia natural na Grécia Antiga era aberto às mulheres. Exemplos como os de Aglaonice, que previa eclipses; e Theano, matemática e física, pupila e possivelmente também mulher de Pitágoras, da escola de Crotona, na qual estudavam muitas outras mulheres.
         Existem muitos registros de mulheres que contriburiam para a proto-ciência da alquimia em Alexandria por volta do primeiro ou segundo século a.C., onde a tradição gnóstica valoriza as mulheres. A mais conhecida, Maria, a Judia, foi a inventora de equipamentos para a química, como o banho-maria (de onde o nome Maria, em homenagem) e um tipo de alambique ou aparelho de destilação simples.
         Hipátia de Alexandria (370-415) era filha de Theon, acadêmico e diretor da Biblioteca de Alexandria. Ela escreveu textos sobre geometria, álgebra, astronomia, e credita-se a ela a invenção do hidrômetro, de um astrolábio e um instrumento para destilar água.
         A educação universitária era disponível para algumas mulheres na Idade Média européia. A física Trotula supostamente ocupou uma cadeira na Escola de Salerno no século XI, aonde ministrou aulas a mulheres da nobreza italiana, um seleto grupo por vezes referido como "as senhoras de Salerno". Inúmeros textos que se referem à medicina feminina, em obstetrícia e ginecologia, entre outros tópicos, também são a ela creditados. A Universidade de Bolonha permitia às mulheres assitir aulas desde o começo em 1088; Dorotea Bucca ocupou uma cadeira em medicina no século XV. De uma maneira geral, eram excluidas das universidades.
        Conventos medievais foram outro ambiente de educação para mulheres, e algumas dessas comunidades ofereciam oportunidades para que as mulheres contribuissem para a pesquisa acadêmica. Um exemplo foi a alemã Hildegard de Bingen, cujos inúmeros e prolificos escritos abrangiam os mais variados assuntos científicos, como medicina, botânica e história natural .

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_ci%C3%AAncia

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Catálogo de Teses

Teses defendidas na Fundação Oswaldo Cruz a partir de 1980. Centenas de teses estão disponíveis em texto completo.

A BVS Fiocruz

O desenvolvimento da Biblioteca Virtual Fiocruz vem reafirmar a importância da informação científica e tecnológica em saúde demonstrada pela Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, a partir de um contexto histórico no que concerne a organização e estruturação institucional.

Esse modelo de política institucional se reflete na criação da Coordenação de Bibliotecas Virtuais em Saúde, investindo no projeto internacional de Bibliotecas Virtuais em Saúde como parte da iniciativa de integrar todas as Bibliotecas Virtuais em Saúde - BVS em uma rede colaborativa.

domingo, 29 de agosto de 2010

O vôo das gaivotas


Voar, voar, voar esse é o nosso destino.


A cada momento do vôo, a cada distância a ser percorrida, não nos esqueçamos de vencer nossas limitações.
Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Os bons ou maus momentos que vivenciamos são os resultados de nossas atitudes.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Tomamos como jugo deveres que não são nossos e deixamos de segurar as rédeas de nossas ações e decisões.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Construímos castelos no ar.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Convertemos em mito a verdade.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

As ilusões nos impedem que realmente tenhamos os olhos de ver.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Não somos responsáveis por aquilo que não sabemos, porém, à medida que nossa consciência se expande e maior lucidez se faz em nossa mente, maiores são os nossos compromissos.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

“Olhar as coisas como elas são realmente”.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Quando assumimos responsabilidade pelas coisas que acontecem em nossa vida é um passo decisivo em direção ao nosso crescimento interior.

Voar, voar, voar esse é o nosso destino.

Conscientes de que nosso vôo tem que continuar revigoremos as nossas asas e vençamos as nossas limitações.


Essas reflexões têm com base as seguintes obras:  "O longo vôo das gaivotas" de José Carlos Leal e  "Renovando atitudes" de Hammed (espírito).

Epígrafe




“Proteja seu próprio direito de pensar. Mesmo pensar erroneamente é melhor do que não pensar”

Hipácia de Alexandria, 370-415 d.C.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DIÁRIO DE PESQUISA II

Início este primeiro post do semestre letivo e regresso ao Blog após curta ausência. Em relação ao semestre passado, faço o seguinte balanço: Como todo bom final de período, temos sempre um exercício trabalhoso. Mentalmente estimulante, fisicamente estressante! Além dos trabalhos de conclusão das disciplinas, os (muitos) fichamentos. Contudo, eles [os fichamentos] ajudaram na construção do trabalho final da disciplina Regimes de Produção do Conhecimento. O tema foi A Participação da Mulher na Produção do Conhecimento em C&T e Saúde. O trabalho ficou mais rico de informações do que esperava anteriormente. Contudo, esta disciplina não se caracteriza como obrigatória, mas deveria figurar como eletiva.


Em relação à disciplina Fundamentos Teóricos da Informação e da Comunicação em Saúde, estou na expectativa da nota. A? B? C? . A proposta pedagógica da disciplina contribuiu de forma muito positiva para o desenvolvimento do meu projeto de pesquisa, mas só tenho uma crítica a fazer: o tempo. Assim, sugiro revisão na carga horária da disciplina.

Em relação à disciplina Seminários Interdisciplinares de Pesquisa I foi nos dado o desafio de fazer um artigo de revisão a partir do tema do projeto de pesquisa. Missão cumprida. Apresentei uma breve revisão de literatura sobre a contribuição feminina na produção de conhecimento em Ciência e Tecnologia em Saúde.

Neste semestre que se inicia, além de cursar as disciplinas obrigatórias, decidi me inscrever em apenas uma disciplina eletiva Comunicação e Avaliação na Ciência que atende as exigências do meu projeto de pesquisa. Afinal Roma não foi feita num só dia...

Novas Aquisições

Qual é o lugar de homens e mulheres no mercado de trabalho? Como se articulam a vida profissional e a vida familiar? Quais as conexões entre gênero, profissões e carreiras? É possível comparar regiões do mundo com histórias, culturas e níveis de desenvolvimento econômico tão contrastantes?

Como entender, pela ótica de gênero, a dinâmica do mercado de trabalho, a partir das profundas transformações produtivas e organizacionais ocorridas recentemente?

Esta coletânea traz contribuições de autores da Europa e da América Latina, que, a partir de abordagens comparativas, nos oferecem suas reflexões sobre três temas: mercado de trabalho e gênero, relação entre vida profissional e vida familiar, e       conexões entre gênero, profissões e carreiras.

Editora: FGV Editora
ISBN:85-225-0696-5                                                           
                                                              Ano: 2008

Novas Aquisições

O 'Dicionário Crítico do Feminismo' reúne uma coletânea de rubricas redigidas por especialistas em cada um dos 48 temas abordados, que vão de cidadania e família a maternidade e sexualidade. O objetivo da obra é estimular a reflexão sobre a construção social da hierarquia dos sexos e desenvolver um pensamento crítico feminista que favoreça a emancipação das mulheres e a igualdade na diferença.

Editora: UNESP

ISBN: 8571399875

Ano: 2009

terça-feira, 8 de junho de 2010

DIÁRIO DE PESQUISA

Os labirintos são um símbolo de complexidade evidente, não sei porquê sinto-me atraído por eles.- Jorge Luís Borges -











Quem entra num labirinto, jamais sairá o mesmo.

Organizar reflexões e aprendizados a um simples clique de teclado. Dou “ENTER” e começo minha caminhada pelo Labirinto de Creta. Para tanto, é preciso explorar um percurso cheio de desafios, passar por ritos iniciáticos, por provas e vencer o Minotauro, guardião dos tesouros. Os desafios são inúmeros e, assim como Teseu, meu diário de pesquisa será o meu “novelo de linha” que me conduzirá em meu processo de investigação.

Antes de qualquer coisa, eu preciso dizer que meu diário tem por função revelar a trajetória e os caminhos trilhados na pesquisa do tema investigado. Além disso, o diário será um espaço de reflexões, impressões, experiências, angústias (espero que poucas...) e alegrias (torço por muitas...) sobre a pesquisa em construção.

Falando em construção, o meu blog começou a ser exibido em 12 de maio de 2010. Até o momento, tenho duas seguidoras e um comentário! Espero não ficar frustrada caso não tenha muitos acessos. Continuo postando...

Eu tenho grande intimidade com o acervo de obras raras. Faz 24 anos que interajo com ele. Considero que as experiências que vivenciei, tanto a nível profissional como pessoal, permitiram o meu amadurecimento e a opção de realizar este Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu. Atrevo-me a dizer que tenho orgulho em trabalhar na Fiocruz. Uma instituição que admiro muito pela grandeza frente ao mundo científico.

Primeiras anotações do diário de pesquisa.

O que me proponho a realizar é um estudo exploratório sobre participação feminina no nascimento e desenvolvimento da ciência nacional, sob a perspectiva da produção acadêmica, a partir do acervo de obras raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas.

O porquê da escolha do tema.

Realizei levantamento bibliográfico que evidenciou que estudos sobre mulheres em C&T ainda são escassos. Mas a participação das mulheres nas atividades de pesquisa tem aumentado nas últimas décadas! Um recente estudo da Unesco mostra que, entre 2002 e 2007, o número de cientistas cresceu 56% nos países em desenvolvimento e 8,6% nos desenvolvidos, mas o número de pesquisadoras é de 29% do total. A média é maior na América Latina, onde 46% dos cientistas são mulheres.

Mas como entender o presente sem criar pontes com o passado?

Para responder esta questão, fechei os olhos e iniciei um passeio no labirinto de estantes da Seção de Obras Raras. Armação de aço, com 9 metros de altura, 12 metros de comprimento e 4 metros de largura. Dividi-se em 4 andares, interligados por duas escadas em espiral que armazena cerca de 16 mil exemplares de livros, 9 mil exemplares de teses, 562 títulos de periódicos nacionais e estrangeiros com aproximadamente de 15 mil fascículos e constitui-se, principalmente, de títulos referentes às Ciências Biomédicas e à Saúde Pública. Nesse universo, somente 30% do acervo encontra-se tratado e disponibilizado.





Por onde começar?


Pelo mapeamento da coleção de teses. A formação da coleção de teses iniciou-se quando Oswaldo Cruz criou, em 1908, os “Cursos de Aplicação” de Manguinhos. Com a notoriedade da Instituição, pesquisadores, especialistas e técnicos brasileiros e de outros países colaboraram na formação dessa coleção, através de doações de seus trabalhos acadêmicos.

Que perguntas busco responder?

Quem são essas anônimas que contribuíram para o desenvolvimento científico nacional? Quais os temas e objetos de pesquisa por elas tratados? Assim, começo a esticar o “novelo de linha” ao longo do caminho...

Encerro minhas anotações com versos de Jorge Luis Borges (2007):



À desmedida esperança sucedeu, como é natural, uma depressão excessiva. A certeza de que alguma prateleira em algum hexágono encerrava livros preciosos e de que esses livros preciosos eram inacessíveis, pareceu quase intolerável.



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BORGES, Jorge Luis. Ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.