sábado, 30 de março de 2013

GRANDES CIENTISTAS


Barbara McClintock (1902 - 1992) - Cientista e citogeneticista americana que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia/ Medicina de 1983 pela descoberta da transposição genética


Cecilia Payne-Gaposchkin (1900 - 1979) - Astrônoma inglesa que descobriu que as estrelas são compostas principalmente de Hidrogênio e Hélio. Ela estabeleceu uma classificação para os astros de acordo com suas temperaturas.
 
 
Christiane Nusslein-Volhard (1942 - presente) - Bióloga alemã que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia/ Medicina de 1995 por suas pesquisas sobre genética embrionária.
 
 
Emmy Noether (1882 - 1935) - Física e matemática alemã que realizou importantes pesquisas sobre a Teoria dos Anéis e Álgebra Abstrata. Elaborou o Teorema de Noether, que explica as relações entre simetria e as leis de conservação da física teórica.
 

ONU Mulheres

Fonte: ONU Mulheres

A ONU Mulheres é a nova liderança global em prol das mulheres e meninas. A sua criação, em 2010, foi aplaudida no mundo todo e proporciona a oportunidade histórica de um rápido progresso para as mulheres e as sociedades. A ONU Mulheres trabalha com as premissas fundamentais de que as mulheres e meninas ao redor do mundo têm o direito a uma vida livre de discriminação, violência e pobreza, e de que a igualdade de gênero é um requisito central para se alcançar o desenvolvimento.
Os Estados-Membros da ONU e os ativistas dos direitos das mulheres se uniram para criar a ONU Mulheres. Eles reconheceram que tornar as questões de gênero e igualdade reais nas vidas de mulheres e meninas demandava uma organização com alcance mundial, além de uma experiência consolidada e de consideráveis recursos. Por um tempo longo demais, as mulheres foram forçadas a permanecer à margem nas questões de liderança política, segurança em zonas de conflitos, proteção contra a violência e acesso aos serviços públicos. Hoje, as mulheres precisam estar no centro das decisões como líderes, defensoras e agentes de mudanças.
A ONU Mulheres está surgindo a partir de um forte embasamento, pela fusão de quatro organizações da ONU com um sólido histórico de experiência em pesquisa, programas e ativismo em quase todos os países. Essas organizações incluem a Divisão da ONU pelo Avanço das Mulheres, o Instituto Internacional de Pesquisa e Treinamento pelo Avanço das Mulheres, o Escritório da Assessora Especial para Questões de Gênero e o Avanço das Mulheres, e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres.
A ONU Mulheres defende a participação equitativa das mulheres em todos os aspectos da vida e enfoca cinco áreas prioritárias:
  • Aumentar a liderança e a participação das mulheres;
  • Eliminar a violência contra as mulheres e meninas;
  • Engajar as mulheres em todos os aspectos dos processos de paz e segurança;
  • Aprimorar o empoderamento econômico das mulheres;
  • Colocar a igualdade de gênero no centro do planejamento e dos orçamentos de desenvolvimento nacional.
A ONU Mulheres apoia os Estados-Membros da ONU no estabelecimento de padrões globais para alcançar a igualdade de gênero e trabalha junto aos governos e à sociedade civil para formular leis, políticas, programas e serviços necessários à implementação desses padrões. A ONU Mulheres coordena e promove o trabalho do Sistema ONU no avanço da igualdade de gênero.
A ex-presidenta chilena Michelle Bachelet é a Subsecretária Geral e Diretora Executiva da ONU Mulheres. Ela traz ao seu cargo um histórico exemplar como líder visionária e defensora da justiça social e dos direitos das mulheres.

Mais informações sobre a ONU Mulheres no Brasil

Endereço Casa da ONU – Complexo Sérgio Vieira de Mello
Setor de Embaixadas Norte – SEN, Quadra 802 – Lote 17
CEP: 70800-400 – Brasília, DF
Telefone (61) 3038-9280 | Fax: (61) 3038-9289
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sábado, 16 de março de 2013

POPULAR SCIENCE BOOKS

TURNEY, Jon.  Popular science books In: BUCCHI, Massimiano; TRENCH, Brian (Ed.) Handbook of public communication of science and technology. Routledge: Abingdon (OX), 2008. p. 5-14.
 
Resumo e comentários do capítulo por Jeorgina Gentil Rodrigues
 
 
Quem é Jon Turney?
 Jornalista científico inglês (science writer) desde os anos de 1980. Autor de Frankenstein’s footsteps (algo como ‘Passos de Frankenstein’, ainda não publicado no Brasil), que discute a maneira como as ciências biológicas são divulgadas e sua relação com o livro de Mary Shelley, Turney explica que autora inglesa trata o tema de uma maneira rica e complexa.
 INTRODUÇÃO
 Turney (2008) busca responder a seguinte questão: Como o conhecimento científico sai dos seus domínios de produção e chega à população?  O autor oferece uma breve reflexão sobre a idéia de Popular Science (no Brasil, divulgação científica).
Nos dias de hoje, nas prateleiras de qualquer livraria, encontramos uma substancial presença de livros na seção intitulada Popular Science (divulgação científica). Isso ocorre devido a um boom de livros de divulgação científica nos últimos 25 anos.
Os livros são um dos diversos formatos de representação de “pacotes de mídia da ciência”[1]. Turney (2008) considera “os livros extremamente versáteis”, “relativamente baratos” e de grande durabilidade em relação aos outros meios de comunicação de massa.
 
POPULAR SCIENCE: POPULAR? CIENTÍFICA?
 O acesso corriqueiro da sociedade à experiência científica é feito por meio de textos de divulgação da ciência - textos sobre ciência produzidos por cientistas, jornalistas e escritores, tendo em mente uma audiência formada por leigos e não por especialistas (MYERS, 2003).
 
Basalla (1976) analisou o que chamou de “ciência pop”, o retrato da ciência (não-ficção) e cientistas de vanguarda. Por exemplo, Galileu e Superinteressante que são revistas brasileiras de curiosidades culturais e científicas.
A science popularisation - aqui entendida com divulgação científica - era vista como uma “simplificação apropriada” – necessária para fins educacionais de simplificar a ciência a uma audiência de não especialistas (HILGARTNER, 1990). Até meados dos anos 1990, a perspectiva dominante e tradicional acerca da divulgação científica se baseava em um modelo formado por dois estágios: primeiro, os cientistas desenvolviam conhecimento puro, genuíno; subsequentemente, versões simplificadas eram disseminadas ao público.
O termo divulgação científica é propagado na literatura sobre o tema, muitas vezes com sobreposições e hiatos, como "popularização da ciência" sendo este termo mais utilizado dentro da tradição de países anglo-saxônicos a partir da década de 1950 para caracterizar atividades que buscam fazer uma difusão do conhecimento científico para públicos não especializados.
Conforme autor existem livros de divulgação da ciência se encontram na fronteira entre ficção e não- ficção.  Por exemplo, a publicação do livro In His Image: The Cloning of Man (1978), de David Rorvik, sobre a criação de um ser humano por clonagem causou uma grande polêmica.  A comunidade científica não deu crédito a estas informações.
Apesar de a editora Lippincott, reconhecidamente séria, ter publicado o livro como obra de não-ficção, após alguns anos a própria Editora alegou não ter provas sobre o ocorrido. Num depoimento recente, dado à revista OMNI, David Rorvik afirmou que tem certeza de que já foram produzidos clones humanos.
Outro exemplo são os livros destinados especialmente ao público infanto-juvenil que utilizam como “veículo” a narrativa para transmitir conceitos científicos. O livro The Time and Space of Uncle Albert, publicado em 1989 (O tempo e o espaço do tio Albert, edição brasileira de 2005), do físico inglês Russell Stannard, apresenta conceitos sobre a teoria da relatividade em uma ficção que privilegia o caráter imaginário da ciência.
O livro State of Fear, publicado em 2004, de Michael Crichton (1942-2008) (Estado de Medo, edição brasileira de 2005) é um dos livros que mais tem criado polêmicas nos Estados Unidos, nos últimos anos. O livro faz perguntas cruciais sobre fatos relacionados ao aquecimento global nos quais o mundo está sofrendo.  Crichton escreveu livros cujas tramas combinavam informações científicas com suspense, ação e aventura.
A maior parte de seus livros foram posteriormente adaptados como roteiros para o cinema e para séries de TV. Por exemplo, Jurassic Park (1990), que se transformou em um grande sucesso do cinema, do diretor Steven Spielberg devido ao crescente interesse do público pelos progressos na biologia molecular e na engenharia genética, ainda que de maneira um pouco confusa.
POPULAR SCIENCE BOOKS: UMA PERSPECTIVA  HISTÓRICA
 A difusão da ciência para o público é tão antiga quanto ela própria. Contudo, a progressiva expressão social da ciência ocorreu de forma concomitante com a invenção da imprensa, no século XV.  Até a Revolução Científica do Século XVII, a única forma de tornar públicas as novas idéias científicas era através dos livros. No período que antecede o surgimento do periódico científico, a comunicação científica se dava principalmente através dos livros.
O livro On the Origin of Species (1859) de Charles Darwin (1809 – 1882) influenciou profundamente o destino da nova ciência da biologia e iniciou um debate contemporâneo em relação aos antecedentes históricos da “teoria da evolução” e às reações que ela produz.
Outro exemplo, o físico James Jeans (1877-1946) além de publicar obras que lhe garantisse notabilidade científica escreveu vários livros de divulgação científica: The Stars in Their Courses (1931), The Universe Around Us, Through Space and Time (1934), The New Background of Science (1933), e The Mysterious Universe. Estes livros deram-lhe popularidade como divulgador dos descobrimentos científicos de sua época, especialmente nos campos da relatividade e da cosmologia.
Conforme Fyfe (2005) a partir dos anos 1850, ocorreu divisão cada vez mais clara entre os trabalhos que buscavam alcançar prestígio e reputação junto à comunidade científica e os trabalhos que tivessem um retorno financeiro imediato “que pudessem pagar as contas” sem se preocupar com a  sua reputação científica.
Após a Segunda Guerra Mundial, as pesquisas em Ciência e Tecnologia (C&T) se intensificaram, gerando o fenômeno da “explosão da informação” - um crescimento exponencial da literatura científica publicada - e um aumento de estudantes que ingressaram no ensino superior o que propiciou a publicação de livros de divulgação científica.
A discussão pública da ciência começou a partir de The Dragons of Eden (Os Dragões do Éden), de Carl Sagan (1934-1996), publicado em 1978, o primeiro livro de divulgação científica a ganhar o Prêmio Pulitzer (LEWENSTEIN, 2005).
O autor chama atenção para a poderosa influência da mídia sobre as descobertas científicas. Por exemplo, o prêmio Emmy que Carl Sagan recebeu pela série para TV Cosmos, que teve seu roteiro baseado em seu livro homônimo publicado em 1980.
De uma maneira clara e simples o livro nos ensina como está composto o cérebro e quais são suas partes principais, assim como suas principais funções. São feitas especulações de como se deu o avanço através da história da humanidade recorrendo às diferentes espécies que nos precedeu e quais as diferenças morfológicas, assim como do comportamento com base em vestígios antropológicos arqueológicos que foram encontrados. 
Nos Estados Unidos (e também no Brasil) com a formação de um sistema de ensino superior de massa, surgiu os livros de “não-ficção” junto ao novo público leitor  - livros  de divulgação científica mais didáticos, com conteúdos técnicos.
Contudo, ambos os modelos (ficção e não-ficção) continuaram a existir no campo da divulgação científica.  Conforme o autor, “temos agora uma profusão de títulos impressos, em uma vasta gama de assuntos, oferecendo diversos tipos de tratamento de assuntos semelhantes”.
 
MANEIRAS DE LER UM LIVRO DE CIÊNCIA
 
O autor considera os livros objetos complexos que podem ser estudados de muitas maneiras diferentes. Algumas questões da ciência relacionadas ao saber tradicional perpassam o próprio rompimento da demarcação rígida entre o conhecimento "verdadeiro”, científico, e o “conhecimento popular”, não científico.
A linguagem utilizada no texto de divulgação científica tende a se aproximar da linguagem do cotidiano, apoiando-se em metáforas e para tornar as exposições mais claras.
Os exemplos a seguir são restritos aos estudos publicados em  inglês devido a limitação linguística do autor:
Dos livros britânicos do século XIX que discutiram a ideia de mudança no mundo orgânico antes de Darwin, o mais importante é, sem dúvida, Vestiges of the Natural History of Creation (Vestígios da história natural da criação), lançado anonimamente em 1844, pelo pensador escocês Robert Chambers. A obra propunha uma teoria natural de evolução cósmica e biológica, colocando juntas numerosas teorias científicas especulativas daquela época, tendo criado considerável controvérsia política na sociedade vitoriana devido ao seu radicalismo e por ser pouco ortodoxo.  Darwin, na primeira edição de On the Origin of Species (1859), criticou severamente o livro de Chambers, na época ainda de autoria desconhecida.
Um estudo recente do Book-length[2] (Livro-comprimento) o best-seller Silent Spring (1962) de Rachel Carson (1907-1964) oferece uma comparação interessante na era moderna, preocupada com a forma de um livro pode influenciar um debate político. O livro discute os problemas ambientais causados pelos pesticidas sintéticos que trouxe preocupações ambientais sem precedentes para uma parcela da opinião pública americana. Silent Spring impulsionou uma inversão na política nacional pesticida levando a uma proibição nacional sobre DDT e outros pesticidas. Esta com os seus movimentos ambientalistas que inspirou a criação da Environmental Protection Agency foi lhe oferecida a Medalha Presidencial da Liberdade.
Devido à variedade de livros de divulgação científica, Turney (2008) indaga: “Essas obras podem ser classificados em subcategorias?” Mellor (2003) sugere que existem três tipos de subcategorias:
 “Narrativa” - relata um episódio na história da ciência ou a vida de um único cientista.
"Expositiva" – exposição de uma disciplina particular.
“Investigativa‘” – narrativa em estilo jornalístico e/ou controversos.
Essas categorias não são mutuamente exclusivas e encontram-se abertas à discussão.
Conforme autor, a suposição geral é que os livros de divulgação científica encontram-se divididos entre ciência e literatura. Um livro já considerado um clássico do assunto é Chaos (1987) de  James Gleick, ex-colaborador especializado em ciência do The New York Times.  A partir do romance policial, o livro enfoca o trabalho dos cientistas imersos na pesquisa do caos.
Outros trabalhos de divulgação científica que não estão claramente demarcados  acabam “rotulados” de science studies  - uma área de investigação interdisciplinar que busca situar conhecimento científico em um amplo contexto social, histórico e filosófico.
A ciência é, pois, uma atividade que possui relações com o contexto político, social, econômico e cultural onde ela é praticada, e o cientista deve ser pensado como um ser envolvido neste contexto.
A partir dos anos 1980, a divulgação científica teve um crescimento considerável e se torna uma importante área de pesquisa para a compreensão pública da ciência.
No campo da crítica, nos livros de divulgação de física, em geral, circulam imagens de ciência que reflitam os interesses dos cientistas em relação aos estereótipos que possam surgir em outras mídias.
Uma das áreas das ciências que mais tem beneficiado em termos de exposição é “nova genética” isso é apenas perifericamente.
Os livros infantis voltados para a divulgação científica fazem parte de um crescente mercado editorial. Por exemplo, as publicações de divulgação científica dirigidas ao público infantil e juvenil disponibilizadas pelo Museu da Vida (Fiocruz) e a revista de divulgação científica brasileira Ciência Hoje das Crianças que é utilizada pelos professores como material de apoio em aulas de ciências.
Os papéis da divulgação científica e suas características e potencialidades para a educação científica têm sido objeto de pesquisas recentes em ensino de ciências.
Finalmente, o autor pergunta se os estudos de divulgação (popularisation) afetará sua prática. Algumas disciplinas estão se tornando mais conscientes das maneiras e possibilidades da divulgação se relacionam com a sua própria posição na esfera pública. Esta pode ser uma questão de profissionais tentando produzir divulgação das ideias-chave na sua área, como foi feito com sucesso para sociologia do conhecimento científico.
Uma frustração por parte dos historiadores da ciência é abordagem  da história por autores populares. O desafio é fazer melhor.
Os textos de divulgação científica que melhor atendem ao objetivo de informar e atrair o leitor reúnem um ou vários dos seguintes recursos: apoio na história e na tradição, referência à cultura popular, uso de ironia e humor, vínculo com o cotidiano, entre outros.


[1] As tecnologias envolvidas nos “pacotes de mídia”, são as mídias tradicionais (rádio, televisão,  telefonia fixa  e  jornais e revistas impressos)  e as mídias digitais (internet e celulares). Fonte: Google.

[2] Qual o “comprimento” ideal para um livro? Devidos a fatores econômicos, muitos editores têm requisitos de comprimento muito rigoroso. O tamanho é conforme  gênero literário, por exemplo, num livro de ficção para adultos uma página terá 250-350 palavras, com cerca de 65.000-100.000 palavras que corresponde a 200-500 páginas. Fonte: Google
 

O QUE É TECNOLOGIA SOCIAL?

Por Jeorgina Gentil Rodrigues

Considera-se tecnologia social todo produto, método, processo ou técnica criados para solucionar algum tipo de problema social e que atendam aos quesitos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social comprovado.
 
É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Está baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras.
 
As tecnologias sociais podem aliar saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico. Importa essencialmente que sejam efetivas e reaplicáveis, propiciando desenvolvimento social em escala.
 
São numerosos os exemplos de tecnologia social, indo do clássico soro caseiro – mistura de água, açúcar e sal que combate a desidratação e reduz a mortalidade infantil – até as cisternas de placas pré-moldadas que atenuam o problemas da seca no nordeste, entre outros.

Neste contexto, Dagnino indaga (2009, p.42): “[...] de que forma a tecnologia pode ser reprojetada para a construção de uma sociedade realmente democrática e desmercantilizada?”. Ainda o autor:

A articulação de novos interesses e a entrada em cena dos trabalhadores e dos novos movimentos sociais supõem a retirada progressiva da concentração do poder na mão de peritos e especialistas. Isso possibilitaria uma reconfiguração do sistema técnico levando em conta necessidades e capacidades humanas até então não consideradas (DAGNINO et al, 2009, 42, grifo do autor).

 

 


 
Slide da Apresentação: "Eu vim para confundir, não para explicar!"

 

Conforme Dagnino, Brandão e Novaes (2004, p. 34), a Tecnologia Social (TS) é entendida como um processo de “inovação social” que é entendido como o conjunto de atividades que pode englobar desde a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico até introdução de novos métodos de gestão da força de trabalho, e que tem como objetivo a disponibilização por uma empresa de um novo bem ou serviço para a sociedade é hoje recorrente no meio acadêmico e cada vez mais presente no ambiente de formulação de políticas públicas (policy making). O conceito engloba, portanto, desde o desenvolvimento de uma máquina (hardware), até um sistema de processamento de informação (software) ou de uma tecnologia de gestão - organização ou governo - de instituições públicas e privadas (orgware).

Em relação à produção de Ciência e Tecnologia (C&T) e sociedade, a TS enfatiza que (INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL, 2004):

1) A produção em C&T é fruto de relações sociais, econômicas e culturais - e, portanto, não é neutra;

2) As demandas sociais devem ser fonte privilegiada de questões para as investigações científicas;

3) A produção de conhecimento deve estar comprometida com a transformação da sociedade, no sentido da promoção da justiça social;

4) É necessário democratizar o saber e a ampliar o acesso ao conhecimento científico;

5) É fundamental avaliar os riscos e impactos ambientais, sociais, econômicos e culturais da aplicação de tecnologias e da produção de conhecimentos científicos;

6) Deve haver participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas.


 
OBRAS CONSULTADAS:

 
DAGNINO, R. P. Eu vim para confundir, não para explicar! [PPT apresentado no VI Simpósio de Ciência, Arte e Cidadania, no dia 23 de set. 2010, Rio de Janeiro, RJ].

 DAGNINO, R. P. et al. Tecnologia social: ferramenta para construir outra Sociedade. Campinas, SP.: IG/UNICAMP, 2009.

 DAGNINO, R. P.; BRANDÃO, F. C; NOVAES, H. T. Sobre o marco analítico-conceitual da tecnologia social. In: FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Tecnologia social: uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro, 2004.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL. Tecnologia Social no Brasil. Direito à ciência e ciência para a cidadania. São Paulo, 2004. (Caderno de Debate).

sexta-feira, 8 de março de 2013

XXV CBBD

 


Chamada de Trabalho para o XXV CBBD – 2013

Tema central: Bibliotecas, Informação, Usuários – Abordagens de transformação para a Biblioteconomia e Ciência da Informação. Prazos para envio dos trabalhos completos: até

30 de março de 2013.

 Florianópolis-SC será a sede do XXV CBBD, de 7 a 10 de julho de 2013.
 
 
 As Áreas Temáticas definidas e os Procedimentos para apresentação e avaliação dos trabalhos encontram-se disponíveis a seguir.



  TEMÁTICAS DO XXV CBBD 2013
Temática I: Tecnologias de informação e comunicação – um passo a frente

Especificidade e aplicabilidade em Bibliotecas e Serviços de informação. Características das tecnologias versus ambientes de informação e seus usuários. Relações profissionais e pessoais em ambiência digital. Políticas, metodologias e aplicativos para gestão e curadoria de acervos bibliográficos, memoriais e institucionais. Aplicações 2.0 e experiências em redes sociais online. Livros e leitura digitais e portabilidade. Competências e tecnologias na era digital. Avaliação da usabilidade de recursos de tecnologias da informação.
Temática II: Transcompetências: diferenciais dos usuários e do profissional da informação
Competências na ambiência das Bibliotecas e Serviços de Informação. Formação dos profissionais da informação. Metacompetências e transcompetências em Bibliotecas e Serviços de Informação. Competências de acesso e uso da informação para a construção do conhecimento. Perspectivas e tendências de estudos e pesquisas sobre Competências em informação. Advocacy. Defesa de interesses, engajamento, ativismos e atuação dos profissionais da informação.
Temática III: Bibliotecas, serviços de informação & sustentabilidade
Inovação e sustentabilidade em Bibliotecas e Serviços de Informação. Projetos e alianças estratégicas. Compromisso social e responsabilidade em Bibliotecas e Serviços de Informação. Promoção do desenvolvimento sustentável em Bibliotecas e Serviços de Informação. Requisitos e valores para uma economia sustentável em Bibliotecas e Serviços de Informação. Bibliotecas Verdes. Avaliação de bibliotecas e serviços de informação.
Temática IV: Bibliotecas Públicas: Para submissão dos trabalhos sobre Bibliotecas Públicas do III Fórum Brasileiro de Bibliotecas Públicas.
Temática V: Bibliotecas Escolares: Para submissão dos trabalhos sobre Bibliotecas Escolares do 1º Fórum Brasileiro de Biblioteconomia Escolar: pesquisa e prática.

Obs. Os trabalhos referentes às temáticas IV e V também constarão dos Anais do XXV CBBD

quinta-feira, 7 de março de 2013

Livros sobre a História da Mulher

FONTE: SUA PESQUISA
 

História das Mulheres no Brasil Autor: Del Priore, Mary
Editora: Contexto

Mulher e Família na América Portuguesa - Coleção Discutindo a História do Brasil Autor: Figueiredo, Luciano
Editora: Atual

Histórias Extraordinárias - Considerações Sobre a Mulher Autor: Keller, Wilma
Editora: ALEPH

A Mulher / Os Rapazes: Da História da Sexualidade Autor: Foucault, Michel
Editora: Paz e Terra

Bakhita - Mulher, Negra, Escrava, Santa - Uma Fascinante História de Liberdade Autor: Zanini, Roberto Italo
Editora: Cidade Nova

A Mulher na História Autor: Lemieszek, Dionysia Bonow
Editora: SAGRA-DC LUZZATTO

Breve História da Mulher no Mundo Ocidental Autor: Bauer, Carlos
Editora: Xama

Familia Mulher Sexualidade e Igreja na História do Brasil Autor: Marcilio, Maria Luiza
Editora: Associação Jesuíta

Mulher Sujeito e Objeto de Sua Própria História ? Autor: Santos, Sidney Francisco Reis dos
Editora: Oab-SC

Mulher & Trabalho - 32 Histórias Autor: Camargo, Maria Silvia
Editora: Editora 34

Corpo a Corpo com a Mulher Autor: Priore, Mary Del
Editora: Senac São Paulo

Mulheres no Brasil Colonial Autor: Del Priore, Mary
Editora: Contexto

Histórias de Mulheres Autor: Montero, Rosa
Editora: Agir

Elas - 52 Mulheres da Bíblia que Marcaram a História do Povo de Deus Autor: Syswerda, Jean E.; Spangler, Ann
Editora: Mundo Cristão

100 Mulheres que Mudaram a História do Mundo Autor: Rolka, Gail Meyer
Editora: Ediouro - RJ

As Mulheres e os Silêncios da História Autor: Perrot, Michele
Editora: Edusc

Bruxas, Comadres ou Parteiras - A Obscura História das Mulheres e a Ciência Autor: Brenes, Anayansi, Correa
Editora: pelicano

HISTÓRIA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


História do 8 de março
 
FONTE: SUA PESQUISA
 

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

 

terça-feira, 5 de março de 2013

Editora Fiocruz comemora o Dia Internacional da Mulher



Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a Editora Fiocruz preparou uma promoção especial: na semana de 4 a 8 de março, todos os títulos da Coleção Criança, Mulher e Saúde poderão ser adquiridos com 50% de desconto na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros, ambas localizadas no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ).
A Editora Fiocruz funciona no térreo do Prédio da Expansão. A Abrasco Livros fica no térreo do Prédio da Ensp.
Pensando nos leitores que não são do Rio de Janeiro ou não podem vir a Manguinhos, a Editora resolveu estender a promoção às compras por boleto bancário on-line. Assim, na semana de 4 a 8 de março, os livros da Coleção Criança, Mulher e Saúde poderão ser adquiridos com 30% de desconto no boleto on-line, no site da Editora Fiocruz. E, como de costume, o frete é gratuito para todo o país.
Aproveite esta oportunidade para presentear as mulheres que fazem a diferença!
São sete os títulos disponíveis da Coleção Criança, Mulher e Saúde:
Vértice do Impensável: um estudo de narrativas em síndrome de DownPreço normal: R$ 27,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 13,50
Por boleto on-line: R$ 18,90
Família Contemporânea e Saúde: significados, práticas e políticas públicasPreço normal: R$ 49,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 24,50
Por boleto on-line: R$ 34,30
Valores Familiares e Uso Abusivo de DrogasPreço normal: R$ 24,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 12,00
Por boleto on-line: R$ 16,80
Sexualidade Masculina, Gênero e SaúdePreço normal: R$ 28,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 14,00
Por boleto on-line: R$ 19,60
Humanização dos Cuidados em Saúde: conceitos, dilemas e práticasPreço normal: R$ 54,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 27,00
Por boleto on-line: R$ 37,80
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância: implantação e avaliação no BrasilPreço normal: R$ 49,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 24,50
Por boleto on-line: R$ 34,30
Bioética e Saúde: novos tempos para mulheres e crianças?Preço normal: R$ 38,00
Na Editora Fiocruz e na Abrasco Livros: R$ 19,00
Por boleto on-line: R$ 26,60
Ofertas válidas de 4 a 8 de março de 2013