domingo, 13 de novembro de 2011

LEITURAS & LEITORAS

AUTORA: Álvarez Díaz, Lilliam.
TÍTULO: Ser mujer científica

ANO: 2010

En este libro queremos transmitirles a los lectores cómo ha sido el difícil proceso de inserción de las mujeres en el mundo científico. Principalmente está dirigido a las jóvenes para que se interesen en carreras de ciencias, a los profesores para que las motiven y estimulen en este empeño y a los varones, para que las apoyen y acompañen en su desarrollo como profesionales. Los investigadores de este tema.

IV Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade

     Entre os dias 9 e 11 de novembro, participei  do  IV Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade que aconteceu na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, na cidade de Curitiba. Público alvo: pesquisadores (as), estudantes, representantes das comunidades científicas em C&T.
     O Simpósio teve como tema “Ciência e Tecnologia Construindo a Igualdade na Desigualdade”. A Conferência de Abertura foi proferida pelo Sr. Charles Lenay, Diretor da Unidade de Pesquisa Conhecimento, Organização e Sistemas Técnicos (COSTECH) – Université de Technologie de Compiègne (UTC).
      Participei do GT021: “Gênero, Ciência e Tecnologia: construindo a igualdade na diversidade” onde apresentei a seguinte comunicação: “Um breve olhar sobre a participação feminina na produção do conhecimento Em Ciência, Tecnologia e Saúde no Brasil”. O trabalho apresentado propõe disponibilizar para a comunidade cientifica uma valiosa fonte de informação. Objetiva-se um primeiro e exploratório olhar sobre a representatividade e a contribuição feminina na produção de conhecimento em Ciência, Tecnologia e Saúde no Brasil, a partir do Acervo de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz. Surge assim, o interesse de compreender quais condições e fatores que influenciaram o acesso feminino as instituições científicas brasileiras.
     Os trabalhos apresentados foram publicados nos Anais do IV Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Instituições discriminam mulheres cientistas

SABINE RIGHETTI -  FOLHA.COM

Quem conhece a história de Lawrence Summers, ex-reitor de Harvard, pode concordar com um estudo recente que afirma: o preconceito contra mulheres na ciência é, sobretudo, institucional.


Summers ficou conhecido em 2008 por afirmar que as mulheres teriam menos aptidão para a ciência. A frase causou comoção e manifestações de cientistas. Três anos depois, o debate está longe de ser esgotado.

Stephen Ceci e Wendy Williams, da Universidade Cornell, EUA, debruçaram-se sobre 20 anos de dados sobre candidatura a vagas de trabalho, financiamento de pesquisa e publicação de artigos científicos nos EUA.

Eles viram que a quantidade de mulheres na ciência aumentou desde a década de 1970. Mas elas ainda não chegam ao topo por causa da chamada "discriminação institucional".

Por exemplo, as mulheres recebem menos recursos para fazer pesquisa e têm menos oportunidades de trabalho em ciências --especialmente nos cargos de chefia.

O trabalho está publicado na revista científica PNAS ("Proceedings of the National Academy of Sciences").


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Mulheres cientistas ainda sofrem com estereótipos no meio acadêmico

Pesquisadoras são 67% no campo de letras e 33% nas exatas.


Por Pablo Nogueira -  'Unesp Ciência'


Em 1906, um atropelamento tirou a vida do cientista francês Pierre Curie. A tragédia causou comoção, pois, três anos antes, ele e sua mulher, Marie Salomea Curie, haviam sido contemplados com o Nobel de Física. Sua morte foi registrada pelo jornal norte-americano The New York Times num elogioso artigo, no qual Marie apareceu como “assistente” do marido. Aparentemente, nem o fato de ela ter sido a primeira mulher laureada convenceu o jornalista de que ela pudesse ter feito uma contribuição relevante na investigação de ponta.


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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nova Aquisição

REDES SOCIAIS E COLABORATIVAS EM INFORMAÇAO CIENTIFICA


Este livro tem como objetivo ressaltar que o modo de organização em rede é e sempre foi fundamental na prática científica. A ciência constitui um programa coletivo de busca do conhecimento, uma atividade social na qual indivíduos, grupos e instituições estabelecem conexões, através da troca de informações, colaboração, debates e polêmicas. Desse modo, produzem-se redes em aspectos como a formação do pesquisador, a organização do conhecimento e a elaboração de políticas científicas, analisados pelos autores dos capítulos desta obra.


Organizadores:  POBLACION, DINAH  &  MUGNAINI, ROGERIO
Editora: ANGELLARA
ISBN: 8586421219    ISBN-13: 9788586421211
Ano de lançamento: 2009

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação

Entre os dias 7 e 9 de agosto, participei do XXIV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, realizado na cidade de Maceió, nas dependências do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso.


O Congresso teve como tema “Sistemas de informação, multiculturalidade e inclusão social” e contou com a participação de cerca de 1.100 profissionais da informação de diversos estados.

No dia 7 de agosto, ocorreu a abertura Oficial do Evento com a Conferência Magna proferida pelo Sr. Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

No dia 8 de agosto, apresentei, na temática II “Direito à Informação, Acesso à Informação e Inclusão Social”, o seguinte pôster: “Digitalização e acesso público à coleção de obras raras essenciais em biodiversidade do Icict – Fiocruz”. Autoras: Jeorgina Gentil Rodrigues, Ilma Maria Horsth Noronha e Maria Cristina Soares Guimarães. O trabalho foca a experiência do projeto 'Digitalização e acesso público a Coleção de Obras Raras Essenciais em Biodiversidade do Icict'. O objetivo do projeto é resgatar, tratar, disseminar e preservar o conhecimento referente ao estudo da biodiversidade brasileira, por meio de digitalização, tratamento bibliográfico, armazenamento e disponibilização online de obras raras essenciais.








No dia 9 de agosto, apresentei, na temática II “Direito à Informação, Acesso à Informação e Inclusão Social”, a seguinte comunicação: “A trajetória feminina na ciência e tecnologia e saúde no repositório institucional da Fiocruz: uma experiência de acesso livre e preservação da memória científica”. Autoras: Jeorgina Gentil Rodrigues e Maria Cristina Soares Guimarães. O trabalho propõe disponibilizar para a comunidade cientifica uma valiosa fonte de informação, resultado de uma pesquisa que se pergunta sobre a representatividade e contribuição feminina na produção de conhecimento em Ciência e Tecnologia em Saúde (C&T/S) no Brasil. Mais particularmente, objetiva-se explicitar a participação feminina na constituição do campo multidisciplinar que atualmente compõe a pesquisa em saúde na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de uma solução de Repositório Institucional (RI), em texto integral, utilizando o software Dspace. Para tanto, será realizado o levantamento da produção científica a partir do acervo de obras raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), unidade técnico-científica da Fiocruz, acervo esse único e impar no país.







Infelizmente, devido ao horário agendado para retorno ao Rio de Janeiro, não pude participar do último dia do congresso, dia 10 de agosto, e assistir as sessões temáticas e Mesas redondas que me proporcionariam à oportunidade de conhecer os trabalhos e experiências implementadas por outras bibliotecas e instituições de ensino e pesquisa.


REFERÊNCIAS:



RODRIGUES, J. G.; NORONHA, I. M. H.; GUIMARÃES, M. C. S. Digitalização e acesso público à coleção de obras raras essenciais em biodiversidade do Icict – Fiocruz [resumo]. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 24., 2011, Maceió, AL. Anais... Maceió: FEBAB, 2011. 1 CD-ROM.

RODRIGUES, J. G.; GUIMARÃES, M. C. S. A trajetória feminina na ciência e tecnologia e saúde no repositório institucional da Fiocruz: uma experiência de acesso livre e preservação da memória científica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 24., 2011, Maceió, AL. Anais... Maceió: FEBAB, 2011. 1 CD-ROM.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

8ª edição das Medalhas de Honra L'Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência

Candidaturas abertas de 15 de Junho a 15 de Setembro


As Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência voltam em 2011 para reconhecer e incentivar o trabalho das mais promissoras jovens cientistas, com idade não superior a 35 anos e doutoradas há não mais de cinco, que desenvolvam a sua pesquisa em Portugal no âmbito das ciências da saúde e do ambiente.
 
Na sua oitava edição, o programa vai distinguir 3 cientistas, atribuindo-lhes a sua ‘Medalha de Honra’ e 20 mil euros de financiamento.


Recorde-se que as Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência nasceram em 2004, pela mão da L’Oréal Portugal que, com o apoio da Comissão Nacional da UNESCO e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), quis apoiar e motivar as jovens cientistas em início de carreira a prosseguir projectos considerados relevantes para fazer avançar as fronteiras do conhecimento. Foi com este objectivo que já distinguiu 22 jovens cientistas – duas em 2004, quatro em 2005 e em 2006, três em 2007, 2008, 2009 e 2010 – e que volta este ano a afirmar que existem boas cientistas em Portugal, com projectos que não devem ser travados por falta de apoio financeiro.



Mais informações: http://www.lorealmulheresnaciencia.com.pt/

A mulher e a ciência

Autor:  Eloi S. Garcia, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, ex-presidente da Fiocruz


Inspirado no artigo da argentina Nora Bar publicado no jornal La Nación e reproduzido pelo Jornal da Ciência na semana passada, faço uma reflexão sobre o papel da mulher na ciência. De imediato ficou claro que os problemas da mulher cientista não poderiam ser visto somente sob o ponto de vista de nosso país. A questão não é porque existe um número reduzido de mulheres participativas na sociedade. Na História da Humanidade sabemos de tantos casos onde a participação das mulheres foi marcante e expressiva. Por exemplo, na luta contra o racismo, fascismo e outras discriminações sociais.

A história da mulher na ciência é muito mais antiga do que eu imaginava. Há quatro mil anos a sacerdotisa Em Hedu'Anna, da Babilônia, ajudou a decifrar as estrelas e desenvolver os calendários, tornando-se um símbolo e referência importante para os astrônomos e matemáticos. Durante o século 1, Maria la Hebrea, uma química, deu uma enorme contribuição à ciência biológica inventando, na Alexandria, o tão útil banho Maria.

No século 4, uma mulher grega que vivia em Alexandria chamada Hipatia, a mais famosa de todas as mulheres de ciência até chegar Marie Curie no início do século 20, dedicou-se a matemática, astronomia e filosofia. Hoje não resta dúvida de que seus conhecimentos influíram decisivamente o pensamento filosófico do século 18. Hipatia morreu assassinada no ano de 415 dC, a mando de um grupo de fanáticos religiosos devido sua influência na cultura de Alexandria.

Uma bela história é da egípcia Ísis, que deu aos povos do Nilo a escritura e a medicina, mas que também inventou o processo de embalsamamento e a química, e ensinou aos egípcios a agricultura, a navegação e a astronomia. Outros casos interessantes se relacionam com um dos primeiros tratados de ginecologia, que foi escrito por Trótula, uma médica do século 6, a história de Melitta Benz, que inventou, no início do século 19, a cafeteira que leva seu nome e o caso de Mary Anderson que desenvolveu os limpadores de pára-brisas.

De lá para cá, em especial no século 20, as mulheres foram se destacando cada vez mais na ciência. Em 1903, no segundo ano de sua criação, o Prêmio Nobel de Física foi entregue a uma mulher, Marie Curie, e a seu marido, por seus estudos sobre radioatividade. Em 1911, ela ganhou sozinha mais um prêmio Nobel, desta vez de Química, pela descoberta dos elementos rádio e polônio.

Acredito que o esquecimento da mulher na ciência foi criado durante séculos e os historiadores, voluntariamente ou não, ocultaram a presença das mulheres nas atividades cientificas. Talvez por desconhecimento, talvez por receio ou mesmo pelo machismo impregnado na cultura humana. O fato é que a história pouco valoriza a mulher cientista.

Quando olhamos os números da história aparece à verdade nua e crua: 29 mulheres (das quais somente dez se dedicavam às ciências) entre 300 homens ganharam o prêmio Nobel desde sua criação em 1901. A Academia Brasileira de Ciência tem inúmeras acadêmicas, cientistas excelentes com alto impacto no campo em que trabalham, mas somente pouco mais de 10% de seus membros são mulheres. Certamente não é por falta de talento. Esta discrepância não parece estar baseada na produtividade, significância do trabalho ou outras performances profissionais da mulher.

Lembrei-me de uma história interessante que conhecia sobre o observatório astronômico da Universidade de Harvard, um dos mais importantes do mundo. No final do século 19, Harvard queria desenvolver um sistema de classificação das estrelas. Entretanto, devido ao baixo orçamento existente na época para a realização da tal tarefa, foram contratadas mulheres físicas Anna Palmer, Williamina Fleming, Antonia Maury, Annie Cannon e Enrietta Leavitt, por terem um salário menor do que dos homens. O trabalho era baseado em cálculos complicadíssimos e os salários destas mulheres eram equivalentes aos de operários de obra. Pois bem, o sistema revolucionou a astronomia. Cannon desenvolveu um sistema de classificação de estrelas que foi adotado como padrão pela União Astronômica Internacional. Leavitt descobriu as estrelas variáveis que lhe deu o Prêmio Nobel de Física em 1925.

Entre os nomes mais injustiçados da ciência está o de Rosalind Franklin, a especialista em raios-X , associada ao descobrimento mais importante do século 20, a estrutura em dupla hélice do DNA. Suas fotografias chegaram às mãos de James Watson e Francis Crick sem o conhecimento da autora e possibilitaram Watson, Crick e Maurice Wilkins a receberem o Prêmio Nobel em 1962, quatro anos após a sua morte. Franklin, apesar de seu papel fundamental nesta descoberta, até recentemente, não tinha o seu nome envolvido nas histórias do descobrimento do DNA.

São tantos os casos de mulheres cientistas que realizaram trabalhos e descobriram coisas importantes nos últimos séculos mas, apesar da relevância de suas atividades, ainda permanecem quase invisíveis perante a história da ciência. Ou seja, o talento por si só não determina o sucesso científico das mulheres. As mulheres têm que publicar três vezes mais do que os homens para ter o mesmo grau de sucesso.

O que mais me chama a atenção do motivo desta quase invisibilidade é que um número grande de mulheres tem se dedicado à ciência em todas as áreas e sem dúvida são poucos nomes que conhecemos. O problema da mulher na ciência está enraizado na cultura machista da Humanidade. A comunidade científica não foge disto, infelizmente.

Talvez no fundo seja devido ao nosso sistema educativo e as expectativas que se criam em torno da mulher. Esta cultura está impregnada na sociedade, entre os homens, mas também entre as mulheres. Lembramos que recentemente os jornais têm anunciado que no Brasil as mulheres chegaram ao século 21 com escolaridade superior à dos homens. As estatísticas refletiam no aumento da participação feminina na produção científica nacional: elas já eram maiorias nos cursos de graduação e no mestrado.

Ou seja, a “feminilização” da ciência vai ser uma questão de tempo em nosso país. Isto está correto. A ciência pertence a toda a Humanidade e transcende a barreira do sexo. Homens e mulheres compartilham uma linguagem e possuem objetivos comuns para buscar a verdade e revelar os mistérios da natureza.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias (Arquivo - 10/11/2006)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Brasil Feminino - Exposição

Brasil Feminino resgata trajetória e ascensão das mulheres no Brasil em cinco séculos em 150 documentos raros, fotografias, jornais, revistas e pinturas de artistas como Debret e imagens como a da Lei do Ventre Livre

A Biblioteca Nacional abre hoje, terça-feira, 5 de julho, a exposição Brasil Feminino, que reconstitui a saga da mulher brasileira dos tempos coloniais até os dias atuais. Por meio de 150 fotografias, jornais, revistas, pinturas e documentos raros selecionados no acervo da BN, a mostra traz as histórias de mulheres que, com seus trabalhos, suas ideias e crenças, vêm mudando a história do Brasil. “São histórias que se confundem com a própria história do Brasil”, afirma o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim.


De Mãe Menininha do Gantois, Clarice Lispector e Pagu a Zilda Arns, Ruth de Souza, Carlota Joaquina e Maria Leopoldina. De Maria da Penha, Bertha Lutz, Ana Maria Machado e Benedita da Silva a Hilda Hilst, Lygia Bojunga, Lygia Fagundes Telles e Fernanda Montenegro. Da tenista Maria Esther Bueno e a jogadora de futebol Marta à Seleção Feminina de Vôlei, medalha de ouro em Pequim. De Tônia Carrero, Norma Bengel, Marta Rocha, Maria Bethânia e Rita Lee à presidenta da República, Dilma Rousseff, estão todas lá.

A exposição, que vai até 26 de agosto, aborda cinco diferentes temas: a condição subalterna da mulher; a consciência política e luta dos direitos civis; a ação social e educação; o comportamento e, por fim, a atuação científica e cultural. Segundo a diretora do Centro de Referência e Difusão da Biblioteca Nacional, Mônica Rizzo, a mostra vai privilegiar os documentos de registro do cotidiano, como jornais e revistas. “A ascensão social da mulher é uma história a ser contada. Ainda faltam livros sobre o tema. Por isso, vamos mostrar essa trajetória com os jornais e as revistas, sendo, muitos destes, inéditos ao público”, afirma.

“Utilizando-se de elementos do universo feminino, a exposição guarda surpresas aos visitantes, que encontrarão experiências sensoriais para o tato, visão e audição”, revela Suely Dias, coordenadora de Promoção e Difusão Cultural, da FBN. Ela destaca também o livro Ordenações e leis do Reino de Portugal, de 1603, do acervo da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional – que demonstra a severidade no trato legal que as mulheres sofriam no século XVII –, e o jornal O sexo feminino – da pequena cidade Campanha, do sul de Minas Gerais, de 1873 – que defende mudanças em favor da igualdade –, são exemplos dos importantes registros escritos em exposição.

“Os periódicos foram o principal canal de comunicação do movimento feminista”, diz Marcus Venicio, curador da exposição, juntamente com Luciano Figueiredo. Além desses documentos, também compõem a mostra as pinturas de Debret e Carlos Julião, que retratam o cotidiano do espaço público do Brasil do começo do século XIX sem a presença de mulheres, apenas escravas.

“A exposição Brasil Feminino pretende celebrar o duro caminho de libertação da mulher brasileira, o seu deslocamento heroico do espaço doméstico, a que se recolhia, rumo ao espaço público, capitaneado tradicionalmente pelos homens”, explicam os curadores. A ideia é apresentar as diversas facetas da mulher brasileira e demonstrar a maneira pela qual ela conseguiu ascender socialmente, culminando com a eleição, em 2010, da primeira mulher a ocupar o a Presidência da República.

A exposição será aberta ao público nesta quarta-feira, 6 de julho. A entrada é franca e os horários de visitação são de segunda a sexta, das 10 às 17h, e aos sábados, domingo e feriados, das 12 às 17h. Também estão previstos debates e paineis no Auditório Machado de Assis durante os dois meses de exposição.






LOCAL: Av. Rio Branco, 219 Cinelândia - Rio de Janeiro
Tel 55 21 3095 3879  Fax 55 21 3095 3811

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sobre o CRICS 9

CRICS9 e BVS6 adiados para 2012

Fonte: thttp://www.crics9.org/php/index.php?lang=pt


Atenção

Adiada para 2012 a realização do CRICS9 – 9º Congresso Regional de Informação em Ciências da Saúde e a BVS6 – 6ª Reunião de Coordenação Regional da BVS.

Assim que o novo local e datas forem confirmados informaremos a todos.


Cordialmente,



Comitê Organizador, CRICS9

I Encontro Nacional dos Núcleos de Saúde Pública

Fonte: UTICS/NESP/UnB, 5/7/2011




domingo, 3 de julho de 2011

O Tarô das Donas de Casa

Resenha de Constantino K. Riemma

O Tarô das Donas de Casa é uma brincadeira de Paul Kepple e Jude Buffum, que publicaram um baralho com 78 cartas e livro de instruções, em 2004, com o título The Housewive's Tarot: A Domestic Divination Kit With Deck And Instruction Book. Os autores são conhecidos designers gráficos da Filadélfia, Estados Unidos.

O bom humor está implicito na montagem das ilustrações de publicidade que apareciam nas revistas americanas no pós-guerra, anos de 1950.


O Tarô das Donas de Casa - Kit de adivinhação doméstica - com baralho e livro de instruções

Segundo "os bisbilhoteiros", o Tarô das Donas de Casa teria sido introduzido por Marlene Louise Wetherbee no início de 1950. Ela era uma dona de casa feliz, tinha um marido dedicado, filhos obedientes e uma casa impecável. Ela estava sempre na moda, fazia as melhores receitas e tinha uma ótima intuição feminina. Um dia, enquanto jogava bridge com algumas vizinhas, Marlene decidiu que era o momento para revelar os segredos de seu sucesso. Tirou um misterioso baralho de Tarô de sua bolsa da moda. Todas ficaram estarrecidas com tal atrevimento.

Mas ela sabia que esse tipo de resistência era de se esperar. Marlene riu e perguntou: "Ninguém quer saber como eu posso manter minha cozinha impecável? Ou como eu sei fazer sempre um bolo perfeito?"

Nesses imaginários acontecimentos, ela se tornou conhecida como a mística Madame Marlena e espalhou a arte da adivinhação doméstica. Donas de casa começaram a procurá-la. Seu talento foi tão requisitado que Marlene decidiu entrar no negócio das cartas.

E os gracejos continuam: "De que modo Marlene adquiriu este conhecimento místico? Nunca saberemos, pois ela levou seu segredo para o túmulo. Abençoemos seu coração. As origens do Tarô das Donas de Casa devem permanecer, para sempre, envoltas em mistério."

(A resenha original de Sally Ann encontra-se em www.magicalomaha.com/HousewiveTarot.htm)

O livro de instruções traz a interpretação das 78 cartas e apresenta cinco modelos de tiragens: da Virgem, da Pizza Napolitana, do Varal, da Saleta de Jantar e do Martini...



terça-feira, 14 de junho de 2011

PRORROGAÇÃO DE PRAZO PARA A SUBMISSÃO DE TRABALHOS

Prorrogação de prazo para a submissão de trabalhos para o IV Simpósio Nacional de Tecnologia e Sociedade a realizar-se na cidade de Curitiba – Paraná, Brasil, de 09 a 11 de novembro de 2011.

Entre os grupos de trabalho:  GT021 Gênero, Ciência e Tecnologia: construindo a igualdade na diversidade.


Novos prazos para submissão de artigos ao TECSOC, conforme cronograma abaixo especificado.

  • 18 de abril a 04 de julho de 2011 - envio do texto integral do trabalho para coordenação dos GTs;
  • 04 de julho a 26 de agosto de 2011 - avaliação dos trabalhos pelos Gts;
  • 29 de agosto - divulgação dos trabalhos aceitos para apresentação nos GTs;
  • 29 de agosto até 30 de setembro de 2011 - inscrição no Simpósio para participantes com trabalhos nos GTs;
  • 30 de setembro a 09 de novembro de 2011 - inscrição para participação no Simpósio;

CINDERELA

“Todos nós achávamos que a história de Cinderela terminava como tantas outras assim: ela e o príncipe se casaram e viveram felizes para sempre. Negativo: Não, não, a história foi bem diferente...”.


A Cinderela, ao longo da história, não perdeu apenas o sapatinho de cristal. A participação feminina foi severamente punida e suas contribuições foram, muitas vezes, ignorada. Nas Artes, Moliére (1622-1673) em sua peça “Précieuses”, escrita em 1658, ridiculariza as mulheres preocupadas excessivamente com a aparência e com o vocabulário e maneirismos pomposos dos salões da aristocracia.

Na religião, do fim do século XIV até meados do século XVIII, ocorreu a “caça as bruxas” - perseguições às mulheres sábias - que conheciam e manipulavam ervas medicinais para a cura das enfermidades e, com isso, agregavam mais poder/saber confrontando o patriarcado e a Igreja.

Nas Ciências, Linné (1741-1783), na décima edição do Systema Naturae (1758), cunha o termo Mammalia (mãe amamentando seus filhotes) sobre classe dos mamíferos, uma homenagem às mulheres, enquanto que a distinção entre homens e primatas foi denominada Homo Sapiens (homem sábio). A teoria evolucionista de Charles Darwin (1809-1882) apresentava os homens como os propulsores, ativos e agressivos, da evolução humana. O que Darwin denominava "transmissão igual de caracteres" permitia que as características selecionadas para machos fossem transmitidas para fêmeas.

Os inúmeros trabalhos dedicados a investigar gênero contribuem imensamente para o entendimento das relações sociais entre homens e mulheres ao longo da história. Na França, Simone de Beauvoir em O Segundo Sexo (1949) assenta o feminismo em bases históricas e, mesmo sem usar a palavra gênero, foi a primeira feminista a analisar a situação da mulher na perspectiva do, hoje conhecido, “conceito de gênero”. Nos Estados Unidos, Betty Friedan em A mística do feminino (1963) confronta a exacerbada mistificação do papel de dona-de-casa, esposa e mãe pregada pela ideologia pós-guerra e detecta o que chamou de “o mal que não tem nome” — uma frustração constante e indefinida percebida em depoimentos de mulheres de classe média dos Estados Unidos que correspondiam ao ideal da “rainha do lar”. Faço aqui breve parênteses: Quem não assistiu a série “A Feiticeira” onde a personagem Samantha, além de "torcer o nariz", tinha uma “cozinha ultra moderna” para nenhuma "rainha" botar defeito...

Nesse encadeamento, a promoção da equidade de gênero, especialmente em C&T, iniciada nos Estados Unidos, nos anos de 1970, teve entre suas primeiras iniciativas a criação da Association for Women in Science e, a partir disso, começaram a serem implementados os programas de estudos sobre a mulher (Women´s Studies) nas grandes universidades.

Na seqüência de tais iniciativas, a União Européia (EU) iniciou os seus próprios esforços, que em 1999 levou à formação do “Grupo de Helsínquia sobre Mulheres e Ciência" consagrado à questão das mulheres e ciência. O Grupo é formado pelos 15 Estados-Membros da UE e dos 15 países associados [1].

Em junho de 2002, o Grupo editou o relatório National Policies on Women and Science in Europe sobre a situação das mulheres cientistas nos seus respectivos países. Verifica-se uma diversidade considerável entre os países em termos de infra-estruturas científicas, medidas de igualdade e condições para as mulheres que procuram seguir carreiras científicas. Entre os fatores comuns contam-se um desequilíbrio entre os gêneros na tomada de decisões sobre a política científica e um desequilíbrio semelhante entre os que determinam o que constitui a “boa” ciência.



OBRAS CONSULTADAS:



CARVALHO, M. G. (Org.). Relações de gênero e tecnologia. Curitiba: Ed. CEFET-PR, 2003. (Coletânea "Educação e Tecnologia").

GRUPO DE HELSÍNQUIA. As Mulheres e a Ciência: resumo. Disponível em: ftp://ftp.cordis.europa.eu/pub/improving/docs/women_national_policies_summary_pt.pdf

LOPES, M. M. Aventureiras nas ciências: refletindo sobre gênero e história das ciências naturais no Brasil. Cadernos Pagu, Campinas, n.10, p. 345-368, 1989.

LOPES, M. M. As grandes ausentes das inovações em Ciência e Tecnologia. Cadernos Pagu, Campinas, n. 19, p.315-318, 2002.

SCHIEBINGER, L. O feminismo mudou a ciência? Bauru: Edusc, 2001.

SCHIEBINGER, L. Mais mulheres na ciência: questões de conhecimento História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, p. 269-281, 2008.

SHERIDAN, B. Strangers in a Strange Land: a literature review of women in Science. Boston: Simmons Institute for Leadership and Change, Simmons College, 1998. (CGIAR Gender Program, Working Paper, n. 17).

ZUBIETA, J. Women in Latin American Science and Technology: a window of opportunity In: WOMEN in Scientific Careers: Unleashing the Potential. [S. l.]: OECD, 2006.

[1] Os Estados-Membros da EU são Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos), Dinamarca, Irlanda, Reino Unido, Grécia, Portugal, Espanha, Áustria, Finlândia e Suécia. Os países associados são a Bulgária, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Islândia, Israel, Letônia, Lituânia, Malta, Noruega, Polônia, República Checa e Romênia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

As obras raras das bibliotecas brasileiras



REPORTAGEM: As obras raras das bibliotecas brasileiras
Por Maria Clara Rabelo
Traçar um panorama das obras raras no Brasil  não é uma tarefa fácil. 
Primeiro, pela grande quantidade de bibliotecas e arquivos 
espalhados pelo território nacional. Segundo, pela relevância e consistência 
do assunto que desperta inúmeros questionamentos, cujas respostas 
nem sempre são óbvias. Questões que passam pelo  conceito de obra rara, 
por exemplo. É uma obra  antiga ou uma obra difícil de ser encontrada?  
Nem uma coisa, nem outra. Ou, talvez, as duas.  
A raridade de uma obra é medida e atribuída de acordo com critérios
bastante específicos que não se limitam à idade ou 
ao número de exemplares existentes.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Educação melhora, mas ainda apresenta desafios

Em dez anos, sobe de 53,6% para 57,1% o percentual de mulheres entre os universitários.


Em 2007, entre os estudantes de nível superior, 57,1% eram mulheres, um aumento significativo em relação a 1997 (53,6%). No mesmo período, o percentual relativo aos homens caiu de 46,4% para 42,9%. No entanto, ainda existe um expressivo número de mulheres que não sabem ler e escrever, tanto no Brasil (7,2 milhões) quanto em países da América da Latina.


Em alguns países da região, as jovens mulheres tiveram sucesso na alfabetização, comparadas às gerações anteriores. No Brasil e na Bolívia, por exemplo, a taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais é cerca de 6 vezes maior que aquela encontrada para as mulheres de 15 a 24 anos de idade.

SAIBA MAIS: Síntese de Indicadores Sociais 2008

terça-feira, 12 de abril de 2011

O QUARTO ESCURO














Inicio minha jornada no “quarto escuro”. Tenho como TEMA de pesquisa um extudo exploratório sobre a representatividade e contribuição feminina na produção do conhecimento em Ciência e Tecnologia e Saúde no Brasil, na pespectiva dos estudos de informação.
Assim, o  meu OBJETIVO é contribuir na construção da memória científica e tecnológica na área da saúde sob o prisma da equidade de gênero, a partir do acervo de obras raras da Fiocruz.
Assim, eu adentro o “quarto escuro”, mas não estou sozinha. Tenho como lanterna a  disciplina“Oficina de Análise Bibliográfica Qualitativa” - oferecida pela Pós-Graduação da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca -  que me conduz a conhecer os principais procedimentos metodológicos de investigação bibliográfica. Começo minha investigação fundamentada na análise bibliográfica.  O objetivo da análise bibliográfica é depreender como a produção acadêmica nacional e estrangeira vem abordando a participação feminina na produção de conhecimento em C&T/S.
Desse modo, ao abrir a porta me deparo com os termos ‘gênero e ciência’ que têm gerado nos últimos anos, uma discussão muito intensa, especialmente no que se refere à contribuição das mulheres na produção do conhecimento científico. Em 1978, a Evelyn Fox-Keller*, física norte-americana, relacionou pela primeira vez os termos gender and science que se consolidou efetivamente como campo de estudos, nos anos de 1980, com os trabalhos de teóricas feministas como Sandra Harding, Ruth Bleier, Ludmilla Jordanova, Helen Longino, Donna Haraway, Londa Schiebinger e pioneiras nos estudos das questões de gênero no Brasil como Fanny Tabak e Maria Margaret Lopes.
A idéia de uma relação estreita entre ciência e gênero implica que a evolução do conhecimento científico foi conformada pela dicotomia masculino/feminino e pelo fato de que a pesquisa científica foi empreendida “por” e “para” indivíduos do sexo masculino. Em minhas leituras, compreendo que os valores que ainda prevalecem sobre as ciências são masculinos e, em alguns casos, desfavoráveis à participação feminina. Com exemplo, o livro de Londa Schiebinger “O feminismo mudou a ciência?" (edição brasileira, 2001), conforme o prefácio traz um olhar crítico de vários autores que se debruçaram sobre a inter-relação entre questões de gênero e os modos de fazer ciência. A autora argumenta que as mulheres elaboram o saber científico de maneira diferente. As mulheres tendem a serem pensadoras holísticas e integrativas, mais pacientes, persistentes e atentas a detalhes, dispostas a esperar que os dados de pesquisa falem por si mesmos ao invés de forçar respostas. Para Schiebinger, essa maneira 'feminina' de perceber e fazer a ciência é uma variável importante e poderosa, capaz de alterar o que cientistas estudam ou a escolha dos tópicos de pesquisa.
No artigo de Hayashi e colaboradores, publicado em 2007, comentam que os estudos feministas da ciência e da tecnologia no Brasil são “um campo em crescimento”. As iniciativas nos estudos de gênero e ciências que se seguiram no Brasil, confirmaram e consolidaram esse perfil:




AQUINO, E. M. L. Gênero e ciência no Brasil: contribuições para pensar a ação política na busca da equidade. In: ENCONTRO NACIONAL DE NÚCLEOS E GRUPOS DE PESQUISAS, Brasília, 2006. Pensando gênero e ciência. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006. p.11-24.

_____; AZEVEDO, N.; FERREIRA, L. O. Modernização, políticas públicas e sistema de gênero no Brasil: educação e profissionalização feminina entre as décadas de 1920 e 1940. Cadernos Pagu, Campinas, n. 27, p. 213-254, jul.-dez., 2006.

CITELI, M. T. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo [artigo na Internet]. Cadernos Pagu, Campinas, v.15, p. 39-75, 2000. Disponível em: Acesso em 12 jun. 2010.

GUEDES, M. C. A presença feminina nos cursos universitários e nas pós-graduações: desconstruindo a idéia da universidade como espaço masculino. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15 supl., p. 117-132, 2008.

HAYASHI, M. C. I. ; CABRERO, R. C.; COSTA, M. P. R.; HAYASHI, C. R. M. Indicadores da participação feminina em Ciência e Tecnologia. TransInformação, Campinas, v. 19, n. 2, p.169-187, maio/ago., 2007.

LETA, J.; LEWISON, G. The contribution of women in Brazilian science: a case study in astronomy, immunology and oceanography. Scientometrics, v. 57, n.3, p. 339-53, 2003.

LOPES, M. M. Aventureiras nas ciências: refletindo sobre gênero e história das ciências naturais no Brasil. Cadernos Pagu, Campinas, n.10, p. 345-368, 1989.

______; SOUZA, L.; SOMBRIO, M. A construção da invisibilidade das mulheres nas ciências: a exemplaridade de Bertha Maria Júlia Lutz (1894-1976). Revista Gênero, Niterói, v.5, n.1, p. 97-109, 2004.

MACHADO, M. H. A participação da mulher no setor saúde no Brasil - 1970 / 80. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, n.2 (sup. 4), p.449 - 465, out./ dez., 1986.

MACIEL, B. Mulheres na produção do conhecimento científico. Focus: Comunicação, Cultura e Conhecimento, Recife, v. 1, n. 1,p. 15-26, out.-dez. 2005. Disponível em: . Acesso em 10 jun. 2010.

MELO, H. P.; LASTRES, H. M. M.; MARQUES, T. C. N. Gênero no sistema de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Revista Gênero, NUTEG/UFF, v. 4, n. 2, 2004.

OSADA, M. N.; COSTA, M. C. A construção social de gênero na Biologia: preconceitos e obstáculos na biologia molecular. Cadernos Pagu, campinas, v. 27, p.279-99, jul.-dez., 2006.

RAGO, E. Médicas brasileiras no século XIX. Cadernos Pagu, Campinas, n.15, p. 99-225, 2000.

SILVA, F. F. ; RIBEIRO, P. C. R. Diferenças de gênero no campo da ciência: um ensaio de análise sobre a presença feminina no CNPq. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO, 8., 2008, Florianópolis. Fazendo Gênero: corpo, violência e poder. Florianópolis, 2008. p. 1-7.

SILVA, F. F. ; RIBEIRO, P. R. C. Mulheres na ciência: problematizando discursos e práticas sociais na constituição de “mulheres-cientistas”. In: CONGRESSO IBERO AMERICANO DE CIÊNCIA TECNOLOGIA E GÊNERO, 8., 2010, Curitiba. Anais... Curitiba: UTFPR, 2010. 1 CD-ROM.

SOMBRIO, M. M. O. Traços da participação feminina na institucionalização de práticas científicas no Brasil: Bertha Lutz e o Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas do Brasil, 1939-1951. Campinas, 2007. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, 2007.

TABAK, F. Estudos substantivos sobre mulher e ciências no Brasil. In: COSTA, A. A. A.; SARDENBERG, C. M. B. (Org.) Feminismo, Ciência e Tecnologia. Salvador: REDOR/NEIM-FFCH/UFBA, 2002. p. 39-50.

______. O Laboratório de Pandora: estudos sobre a ciência no feminino. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

VELHO, L; LEÓN, E. A construção social da produção científica por mulheres. Cadernos Pagu, Campinas, n.10, p.309-44, 1998.

* Evelyn Fox-Keller, Gender and science. Psychoanalysis and Contemporary Thought,1, 1978, p.409-433.





domingo, 3 de abril de 2011

Dra. Rita Levi Montalcini

• A italiana neurologista Dra. Rita Levi-Montalcini, que completou 100 anos no dia 22 de abril de 2009, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina há 23 anos, quando tinha 77. Ela nasceu em Turím, Itália, em 1909 e obteve o título de Medicina na especialidade de Neurocirurgia.


• Por causa de sua ascendência judia se viu obrigada a deixar a Itália um pouco antes do começo da II Guerra Mundial. Emigrou para os Estados Unidos onde trabalhou no Laboratório Victor Hambueger do Instituto de Zoologia da Universidade de Washington de San Louis.

• Em 1951 veio ao Brasil, para realizar experiências de culturas in vitro no Instituo de Biofísica da Universidade do Rio de Janeiro, onde, em dezembro do mesmo ano, a pesquisadora consegue identificar o fator de crescimento das células nervosas (Nerve Growth Factor, conhecido como NGF). Esta descoberta lhe valeu, em 1986, o Premio Nobel para a Medicina, junto com Stanley Cohen.



A Dra. Rita Levi-Montalcini é, desde 2001, Senadora  Vitalícia da República  Italiana, nomeada diretamente pelo Presidente Carlo Azeglio Ciampi.


Photo Gallery: http://nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1986/levi-montalcini-photo.html?print=1

sexta-feira, 25 de março de 2011

Icict completa 25 anos celebrando o acesso livre ao conhecimento

Inovação para a saúde brasileira, com ênfase no livre acesso ao conhecimento. Com esse mote, o Icict comemora, em 2011, 25 anos de atividades. Para celebrar a data, o instituto realizará, no dia 7 de abril, o seminário “Políticas públicas de comunicação e informação para o cenário digital”, com a presença do sociólogo Sergio Amadeu. Doutor em Ciência Política, Amadeu falará sobre as implicações da metalinguagem digital e da comunicação em rede na criação, produção e distribuição de bens culturais. Além deste tema, abordará as articulações criativas e o ativismo cultural emergente nas malhas digitais, e os aspectos econômicos, políticos e a relação entre diversidade cultural e cibercultura.


(mais...)

quinta-feira, 10 de março de 2011

DICA DE LEITURA

    História das relações de gênero é uma exploração fascinante do que ocorre com as idéias estabelecidas sobre homens e mulheres quando sistemas culturais distintos entram em contato. Valendo-se de uma grande variedade de exemplos, da pré-história ao século XXI, e abarcando diferentes sociedades, da China às Américas, da África ao norte da Europa, passando por Oriente Médio, Rússia, Japão e Austrália, o historiador Peter N. Stearns delineia o quadro dos encontros culturais internacionais mais significativos e seus efeitos sobre as relações de gênero. O impacto do islamismo e das práticas de gênero do Oriente Médio na Índia e na África subsaariana; o resultado dos contatos da China com a condição feminina entre japoneses e mongóis; a influência colonial européia na América, Índia, África e Oceania; o impacto das ações internacionais no Oriente Médio; e os efeitos da atuação de organizações internacionais e do consumismo global são alguns dos assuntos discutidos neste livro.

Acesse aqui o sumário:

http://www.editoracontexto.com.br/produtos/pdf/HISTORIA%20DAS%20REL%20DE%20GENERO_SUMARIO.PDF

Dia Internacional da Mulher

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.


Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.



Homenaje a la mujer - Carlos Páez Vilaró
Acervo: Casa Pueblo em Punta Del Este - Uruguai



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fonte de raridades

Bibliographia Brasiliana, de Rubens Borba de Moraes, publicado em 1958, ganha primeira edição em português. Obra é principal referência para estudiosos de livros raros sobre o Brasil editados entre 1504 e 1900.


Agência FAPESP – Desde que foi lançada em 1958, a Bibliographia Brasiliana, de Rubens Borba de Moraes (1899-1986), tornou-se o principal documento de referência para os estudiosos de livros raros que enfocam o Brasil. A obra, originalmente editada em inglês, acaba de ganhar sua primeira versão em português.


Lançada nos últimos dias de 2010 pela Edusp, a editora da Universidade de São Paulo (USP), o livro em dois volumes se baseia na segunda edição em inglês revista e ampliada por Borba de Moraes em 1983. A publicação teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Publicações. A tradução foi financiada pela Fundação Vitae.

O livro reúne descrições e comentários sobre obras raras publicadas entre 1504 e 1900, com foco em diversos aspectos relacionados ao Brasil, além de livros de autores brasileiros do período colonial, impressos fora do país. (Mais...)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Aquisição do Mês


SÁ, Dominichi Miranda de. A ciência como profissão: médicos, bacharéis e cientistas no Brasil (1895-1935). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006, 216 p.

 
A autora aborda o processo de especialização da atividade intelectual no Brasil durante as três primeiras décadas do século XIX, ao mesmo tempo em que analisa a emergencia do 'cientista' nesse processo, no qual já se anunciava o divórcio entre 'humanidades' e as 'ciências duras'.

ISBN 85-7541-0007-6
 

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aberta chamada para seleção pública do ICTS 2011

FONTE: Icict. Publicada em: 08/12/2010. Por: Cristiane d Avila



De 20/12 a 8/2 estão abertas as inscrições para o curso de especialização em "Informação Científica e Tecnológica em Saúde 2011". O curso visa contribuir para o aprimoramento do desempenho das instituições integrantes do SUS e daquelas voltadas para a ciência e tecnologia em saúde, por meio da capacitação dos profissionais que atuam nas diversas atividades ligadas à produção, organização, análise e disponibilização da informação científica e tecnológica. A especialização é dirigida a profissionais que atuam nas áreas de produção, organização, análise e disponibilização de informação científica e tecnológica em saúde, e com as tecnologias a elas associadas. Serão oferecidas 20 vagas. O curso será ministrado às terças e quartas-feiras, em período integral (das 09h às 17h).



As inscrições deverão ser feitas pelo site da Plataforma SIGA (http://www.siga.fiocruz.br/index.htm) seguindo os links: inscrição > presencial > especialização > Icict > Informação Científica e Tecnológica em Saúde – 2011/Sede. O candidato deverá seguir as orientações disponíveis no link e efetuar sua inscrição. Após imprimir a ficha de inscrição, o candidato deverá juntar à mesma documentos.



Leia a chamada para seleção pública do ICTS 2011.



Mais informações:

Gestão Acadêmica
Av Brasil 4036 – sala 210 – Prédio da Expansão da Fiocruz
Manguinhos – RJ – 21040-361
Tel/Fax: (021) 3882-9063/9033
E-mail: gestaoacademica@icict.fiocruz.br

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas Aplicadas à Saúde

A Comissão de Ciências Sociais e Humanas da ABRASCO anuncia a realização do V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas Aplicadas à Saúde, entre os dias 17 e 20 de abril de 2011, na cidade de São Paulo, no Campus da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo.


Essa quinta edição tem como tema central “O lugar das Ciências Sociais e Humanas no campo da Saúde Coletiva”, definido a partir das reflexões produzidas durante os quatro congressos anteriores e as participações das Ciências Sociais e Humanas no desenvolvimento da Saúde Coletiva brasileira.

O Congresso pretende reunir pesquisadores, docentes e estudantes de pós-graduação e graduação nas áreas de ciências humanas e sociais voltadas para a saúde.

Pretende-se incentivar o debate, a reflexão e o enfrentamento dos desafios teóricos e práticos colocados para esta área no contexto contemporâneo. Serão muito bem vindos aqueles que querem pensar, debater, construir e refinar a nossa ampla participação no campo da saúde.

Data limite para submissão de trabalhos - 26 de janeiro de 2011.