quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desigualdade de gênero persiste por trás da igualdade social

Fonte: http://www.orbis.org.br/analise/10/desigualdade-de-genero-persiste-por-tras-da-igualdade-social

Falta de valorização da mulher leva ao desperdício de força vital à sociedade.

A igualdade entre gêneros, de classes, oportunidades e de direitos (entre outras) é ideal perseguido em nossos dias. Tanto que é tema transversal a todos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - conjunto de metas pactuadas por cerca de 190 países em 1990 em conferência da Organização das Nações Unidas.
Os efeitos da educação da mulher se manifestam e interferem de formas variadas e abrangentes na vida pessoal, familiar e da sociedade. Mulheres com mais acesso à educação promovem aumento do potencial de geração de renda e têm autonomia nas decisões pessoais e controlam a própria fertilidade. Também têm maior participação na vida pública, tendo assim mais capacidade de melhorar a própria qualidade de vida e a de suas famílias.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, de 2009, o rendimento médio mensal das mulheres com baixa escolaridade - as que estão entre o Ensino Fundamental incompleto e o Ensino Médio incompleto - é de 1,5 salário mínimo, próxima à dos homens, que é em média dois salários, não ultrapassando dois salários e meio. Este valor é muito próximo para todas as regiões do país.

Conforme aumenta a escolaridade das mulheres, vai aumentando a disparidade de renda entre homens e mulheres. Para trabalhadores com escolaridade entre Ensino Médio Completo e Superior Incompleto, a faixa salarial dos homens já é ligeiramente maior, de três salários e meio. As mulheres recebem, em média, dois salários mínimos na maior parte do país. Na Região Centro-Oeste, a média chega a dois salários e meio. 
Para o Ensino Superior Completo, nas Regiões Sul e Sudeste, as mulheres chegam a ganhar 42% menos que os homens. Nas demais regiões as mulheres ganham 35% menos.


Mulheres têm menos emprego formal

A participação das mulheres assalariadas no emprego formal é menor: 41,47% na Região Norte; 42,27% na Região Nordeste; 40,86% na Região Sudeste; 43,56% na Região Sul e a Região com menor expressividade é o Centro-Oeste com 38,72%.

O Estado de Roraima se destaca na participação das mulheres no Setor da Construção Civil que é de 30,84%, bem acima da média dos outros estados que varia entre 9% e 16%.
Santa Catarina e Ceará são os com maior participação de mulheres no Setor Industrial: 38%. A participação das mulheres do Estado de Alagoas no Setor Industrial é a menor do país em relação aos outros Estados: 6,96%.

REFERÊNCIAS
IBGE - PNAD
IBGE - Censo Demográfico 2010

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