Reflexões referente ao tema "desigualdades em saúde"
Quando da leitura da "Nota breve sobre Desigualdades em Saúde como objeto de conhecimento", pereceu-me que a exemplificação do que sejam inequidades e iniqüidades em saúde poderia facilitar uma melhor elucidação dos conceitos, pois sem a sua ilustração fica o seguinte questionamento, não serão as desigualdades evitáveis e injustas também vergonhosas e indignas?
Por outro lado, essa é uma questão de valor/ ética que remete
também a características sociais e culturais de diferentes povos e nações,
muitas desigualdades podem ser consideradas injustas, vergonhosas,
indignas e despertar aversão para alguns indivíduos, povos e nações e serem
essas mesmas desigualdades aceitáveis ou mesmo naturalizadas por outros;
É possível discutir equidade, iniqüidades e inequidades em saúde
sem discutir discriminação e privilégio em saúde?
Vez que,
eqüidade - igualdade = justiça em
saúde
inequidade e iniqüidade = falta de
justiça em saúde --> houve discriminação (enquanto ato de
considerar que a diferença implica diferentes direitos) de alguns
--> e a defesa a manutenção ou
perpetuação de privilégio de outros, quanto às:
Por fim, considero que, embora não tratem diretamente das
desigualdades em saúde, Offe e Crenshaw, são autores que traz interessem
interessantes contribuição à discussão da discriminação, e que
portanto mereciam ser visitados. Offe (1985) ao chama atenção para o problema
relativo à distribuição desigual dos riscos do mercado de trabalho entre grupos
específicos diferentes, ao qual nomeia “grupos-problema do mercado de trabalho”
e Crenshaw (1989), ao cunhar o termo interseccionalidade.
Eloísa Bastos
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