segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Minha qualificação de doutorado...

 
         Desde meus tempos de universitária sempre ouvir dizer que o  doutorado era fruto de um trabalho solitário. Com certeza essa afirmação não se aplica ao projeto de tese que apresentei na minha qualificação e que sem duvida foi um trabalho de parceria com minha orientadora. Fizemos a opção por investigar a trajetória feminina na prática e na gestão da pesquisa em C&T em Saúde no Brasil a partir de uma instituição de ensino e pesquisa, no caso, a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Entender como a participação feminina se deu nos anos recentes e como marcaram as mudanças significativas no campo do direito das mulheres, particularmente, no campo da saúde, como prática e como pesquisa. E a Fiocruz é, seguramente, um campo fértil para empreender discussões dessa natureza.
Antes de minha qualificação, participei do Fórum Equidade de Gênero, realizado em 15 de junho, no Espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana. Sem dúvida, a rica discussão me deu o aporte necessário para minha apresentação. Chamou-me a atenção o discurso de Eliane Belfort, diretora-titular do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Fiesp. Na opinião de Eliane, reconhecer que existe o preconceito é o primeiro passo para almejar a equidade de gênero, ou seja, a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres nas empresas, instituições e organizações pública. “Algo que o Brasil ainda não aprendeu a fazer”.
      O  dia de minha qualificação, 27 de junho,  foi um divisor de águas. Hoje, aos 50 anos, posso dizer que, de fato, sou pesquisadora. Até os dias que antecederam a qualificação eu estava muitíssimo ansiosa, mas no dia fiquei tranquila, afinal queria muito saber a opinião da banca sobre meu projeto e quais os próximos passos a tomar. Fiquei muito satisfeita com o resultado obtido. A banca de qualificação avaliou o trabalho intitulado “A Trajetória feminina na pesquisa na Fundação Oswaldo Cruz: um estudo exploratório”. Participaram da minha banca, além de minha orientadora, Maria Cristina Soares Guimarães, e coorientador, Francisco Inácio Bastos, as professoras doutoras Jaqueline Leta da UFRJ e Cícera Henrique da Silva do Icict.
        


O projeto original, primeira etapa da pesquisa, se constituiu em artigo que tem como objetivo contribuir na construção da memória em ciência e tecnologia em saúde brasileira sob o prisma da equidade de gênero, a partir do acervo de Obras Raras da Fiocruz.
Paravalidação dos dados, encaminhei o projeto para o Comitê de Ética. Foi aprovado. A metodologia proposta consiste na utilização de dados secundários. Os dados coletados serão tabulados e analisados com o objetivo de produzir conhecimento (dados estatísticos/ informações numéricas/indicadores).



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