Desde meus tempos de universitária sempre
ouvir dizer que o doutorado era fruto de
um trabalho solitário. Com certeza essa afirmação não se aplica ao projeto de tese
que apresentei na minha qualificação e que sem duvida foi um trabalho de
parceria com minha orientadora. Fizemos a opção por investigar a trajetória feminina na
prática e na gestão da pesquisa em C&T em Saúde no Brasil a partir de uma
instituição de ensino e pesquisa, no caso, a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Entender
como a participação feminina se deu nos anos recentes e como marcaram as
mudanças significativas no campo do direito das mulheres, particularmente, no
campo da saúde, como prática e como pesquisa. E a Fiocruz é, seguramente, um
campo fértil para empreender discussões dessa natureza.
Antes de minha qualificação, participei do Fórum Equidade de Gênero,
realizado em 15 de junho, no Espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana.
Sem dúvida, a rica discussão me deu o aporte necessário para minha
apresentação. Chamou-me a atenção o discurso de Eliane Belfort, diretora-titular do Comitê de
Responsabilidade Social (Cores) da Fiesp. Na opinião de Eliane, reconhecer que
existe o preconceito é o primeiro passo para almejar a equidade de gênero, ou
seja, a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres nas
empresas, instituições e organizações pública. “Algo que o Brasil ainda não
aprendeu a fazer”.
O projeto original, primeira etapa da pesquisa, se constituiu em artigo que tem como objetivo contribuir na construção da memória em ciência e tecnologia em saúde brasileira sob o prisma da equidade de gênero, a partir do acervo de Obras Raras da Fiocruz.
Paravalidação dos dados, encaminhei o projeto para o Comitê de Ética. Foi aprovado. A metodologia proposta consiste na utilização de dados secundários. Os dados coletados serão tabulados e analisados com o objetivo de produzir conhecimento (dados estatísticos/ informações numéricas/indicadores).
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